sábado, 31 de janeiro de 2009
Será que vem?
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Fora de quadro
Paris: num bairro pluriétnico cruzam-se Anne (Juliette Binoche), actriz de teatro que aspira a fazer cinema, Amadou (Ona Lu Yenke), um jovem professor africano de surdos-mudos, e Maria (Luminita Gheorghiu), uma mulher romena que está clandestina. Que há de comum entre eles? Às vezes coincidem no espaço, como no primeiro quadro, em que Anne e Amadou se sentendem, pois ambos fazem uma leitura diferente da humilhação a que Jean, o jovem cunhado de Anne, num gesto de crueldade, sujeitou Maria, a mendiga. Nunca mais voltarão à fala.
No dossier de imprensa distribuído em Cannes em 2000, quando «Código Desconhecido» foi exibido no Festival, havia um texto de Michael Haneke com algumas perguntas que procuravam «evocar o clima intelectual que tinha dado origem ao filme». Vale a pena reproduzi-las, até porque subjazem a toda a obra cinematográfica do austríaco:
8. O fragmento é a resposta estética ao carácter lacunar da nossa percepção?
Veja aqui o artigo de Marcelo Esteves intitulado "Para além do que se vê: o uso do fora-de-quadro em Código desconhecido, de Michael Haneke" publicado na Revista AV - Audiovisual. O autor é Professor de Roteiro do Curso de Cinema e Vídeo da UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina e Mestrando em Teatro pela UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Abaixo o trailer:
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
100
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Filmes do Domingão...
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Playing for Change
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Pais e Filhos... ou... Filhos e Pais...
No livro Growing up Digital, Don Tapscott caracteriza a cultura da geração Net segundo dez pontos-chave:
1- Forte sentimento de independência e autonomia, que resulta do papel activo que os seus membros desempenham enquanto investigadores de informação e não meros receptores passivos.
2- Maior abertura emocional e intelectual. A geração Net mostra os seus trabalhos a uma ampla audiência, e dada a natureza do meio onde estão expostos, o seu trabalho, a sua vida e as suas 'vidas on-line' estão abertas à critica. Na internet a expressão pessoal é uma prioridade.
3- Um cultura de proximidade. A Net encoraja a passar-se de uma orientação local ou nacional, para global. Contudo, os membros desta geração não excluem as comunidades físicas.
4- Para esta geração, o acesso à informação e a expressão de opinião são direitos fundamentais. A geração Net insiste na tolerância pela diversidade, o que beneficia a sua afirmação individual.
5- Inovação. Os membros desta geração estão constantemente à procura de formas para fazer melhorar e aperfeiçoar as coisas, ultrapassando por vezes o vanguardismo de alguns produtores de software.
6- Afirmação da maturidade. A geração Net quer ser reconhecida como mais madura. O uso dos media digitais permite a esta geração falar para os adultos de igual para igual. "Quando estou a utilizar o computador, ninguém sabe se sou ou não adulta. A partir da primeira impressão, já posso dizer-lhes que tenho 14 anos. Assim sou muito mais respeitada", afirma Eric Mandela, uma das adolescentes consultada por Tapscott.
7- Espírito de investigação. A cultura da geração Net caracteriza-se por um forte espírito de curiosidade, de investigação e de poder para alterar as coisas. Para eles, não é suficiente ser capaz de utilizar os links, eles querem ser capazes de os criar.
8- Imediatismo. A interactividade e a rapidez da Net alterou o processo de comunicação, o mundo da geração Net é um mundo em tempo real.
9- Uma extrema sensibilidade, sobretudo às estratégias empresariais. "A promoção exagerada é pura e simplesmente odiada. O envio de mensagens não solicitadas é particularmente odiado. Qualquer tentativa de vender coisas no meio dos grupos de discussão é cortada pela raiz. Eles só darão atenção ao que se quiser fazer passar se isso lhes der algum valor acrescentado", afirma Howard Rheingold, Howard Rheingold, autor que desenvolveu o conceito de 'comunidade virtual'.
10- Autenticação leva à confiança. Por causa do anonimato, acessibilidade, diversidade dos conteúdos disponíveis na Internet, as crianças devem continuamente questionar e autenticar aquilo que ouvem e que vêem.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Bom e Velho Tio Clint !
O cinema comercial americano anda tão chatinho que um filme menor de Clint Eastwood é uma dádiva. Em "Gran Torino" (2008) Clint vive magistralmente Walt Kowalski, um rabugento vetereno da Guerra da Córeia que mal fala com os filhos e netos, que também não fazem nada para agradá-lo e que esperam sua morte para herdar o carrão ano 72 que dá nome ao filme... O fato é que na casa ao lado, do subúrbio agora habitado por gangues e imigrantes, vai morar uma família de... Coreanos... Intrigas racistas e confrontos dão a tônica até a redenção... Segundo o próprio Clint: “Eu sou um nojento no filme. Vivo um racista de verdade… É a hora certa pra eu fazer algo assim porque, você sabe, o que vão fazer comigo agora, depois dos 70? Mas o filme tem elementos de redenção. Uma família hmong se muda para a casa ao lado e ele esteve na Coréia, despreza asiáticos e para ele são todos iguais. Mas eles se tornam amigos - ele precisa disso pois não tem contato com a sua própria família” . Filme acima da média. Já baixei o outro filme de Clint em 2008: "A Troca". Deve ser o próximo post. Abaixo o trailer: