Para entender a Internet.

Fiquei sabendo por meu amigo Lauro Teixeira, que viu no Blog do Alex Primo que foi lançado o "Flash-book" intitulado "Para Entender a Internet" com organização de Juliano Spyer.  A obra pode ser definida como "um livro digital com pequenos textos introdutórios, com no máximo 500 palavras, sobre os principais temas ligados à cibercultura". Para aqueles que desejam ler, divulgar e compartilhar coloco aqui o link para download do PDF. Use e Abuse.

Dinogeek

Replicando do Blog do Alex Primo:

Coisas que só um dinogeek pode dizer 

O mundo informático se revoluciona a cada instante. Tal é essa velocidade que a própria palavra “revolução” tem se esvaziado. O que era novo ontem, amanhã já é ultrapassado. Se não nos cuidarmos, nós mesmos podemos nos tornar obsoletos.

Nesse sentido, sugiro que você, geek velhusco, nerd de outrora, procure evitar as frases, gestos ou lembranças abaixo, sob risco de revelar que seu prazo de validade já venceu.

 - Jamais fale que quer comprar um novo winchester;

 - Não diga que seu joystick do Playstation quebrou. Tampouco simule estar segurando um joystick de Atari ao falar que seus filhos não largam o videogame;

 - Ao interagir com um dinogeek, finja não lembrar o que é um tijorola com bateria tarja azul;

 - Nunca pergunte se alguém tem um disquete para emprestar;

 - Evite comentar que sua escrivaninha está enroscada de fios;

 - Jamais mencione as marcas Netscape ou AltaVista;

 - Se alguém um dia falar em Gopher, BBS ou Bitnet, não balance a cabeça ou faça cara de lembrança. Disfarce e pergunte se é um novo refrigerante;

 - não escreva “naum” ou “saum” em e-mails, muito menos sugira que as pessoas evitem acentos em uma lista de discussão;

 - Sob hipótese nenhuma ofereça seu scanner de mão ou sua placa SCSI para o seu sobrinho;

"O Lutador", (The Wrestler, 2008) de Darren Aronofsky. Filme consagrado como a "volta triunfal" de Mickey Rourke ao cenário hollywoodiano, inclusive com direito à indicação de melhor ator ao Oscar 2008, que foi entregue à Sean Penn por "Milk". Aqui a sinopse da Folha (para assinantes):

"No filme, que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2008, o ator vive um lutador que, após sofrer um infarto, procura dar um novo rumo à vida, seja como pai, amante ou simplesmente funcionário de supermercado. No entanto, ao tentar ficar longe dos ringues para se manter vivo, Randy morre um pouco a cada dia. A rejeição do mundo real o machuca mais que os socos e pontapés de seus adversários. É difícil imaginar Nicolas Cage ou Sylvester Stallone, as duas primeiras escolhas de Aronofsky, no papel do lutador Randy "O Carneiro" Robinson. A entrega de Rourke ao personagem é desconcertante, ainda mais porque a trajetória de Randy possui vários paralelos com a do ator. "

Tá certo... o filme é legal... O clima "Anos 80" predomina de forma saudosista... A cara de "Tia Velha" de Rourke combina maravilhosamente com a personagem... Mas Rourke interpreta... Rourke... Para conferir Rourke como ator contracenando com De Niro melhor ver "Coração Satânico" ( Angel Heart, de Alan Parker, 1987)Só um comentário: o ator esforça-se fisicamente para lutar à altura do teatro da "luta-livre", mas... Nunca vai lutar dignamente nos campeonatos do circuito mexicano... Só para provar vai aí embaixo o trailer do filme e um exemplo da acrobática luta em terras fronteiriças dos "States", mais abaixo ainda o clip da trilha composta por Bruce Springsteen:

Mais Haneke...

Consegui, durante esta semana, ver mais três filmes de Michael Haneke, cineasta austríaco já comentado outras vezes neste blog. Vamos lá:


"O Vídeo de Benny" (Benny´s Video, 1992) - Benny é não é um adolescente normal... De pais ricos e ausentes costuma ver o mundo através dos filmes violentos que aluga e dos vídeos que filma, sendo  sua gravação preferida a morte de um porco (com um tiro na cabreça) na fazenda de seu avô, imagem que vê e revê exaustivamente em sua TV. Benny conhece uma menina e a leva para seu apartamento e o que parece ser o início de uma estória de amor vira tragédia, mesmo que um tanto fria para o rapaz que grava em vídeo a morte da garota... Benny conta aos seus pais e eles tentam, hipocritamente, livrar a pele do filho. Filme que vemos com apreensão e reconhecemos alí uma desvio ético e moral exposto como ferida aberta pelo diretor. Como as demais obras de Haneke é perturbadora. Veja aqui um artigo de Ana Paula Penkala sobre o filme. Abaixo uma cena da película:



"A Professora de Piano" (La Pianiste, 2001) - Isabelle Hupert interpreta a professora de piano do título, Erika, que é implacável com seus alunos. Por trás de tanta maldade existe uma mulher reprimida sexualmente pela mãe e que esconde desejos mazoquistas. A crueza com que é retratada a vontade reprimida da professora com um aluno apaixonado é de incomodar estômagos mais fracos e a atuação de Hupert é magnifica. Trilha clássica sensacional. Abaixo trecho de uma entrevista sobre o filme com o diretor:




"O Escondido" (Cachè, 2005 ). Georges (Daniel Autuil) recebe fitas de vídeo mostrando sua casa e as toma como ameaça. Ao buscar o responsável pelas gravações Georges envolve sua esposa Anne (a maravilhosa Juliette Binoche) numa volta à infância... Filme pantanoso onde pouco a pouco não mais sabemos quem intimida quem e o grau de violência psicológica aumenta até borbulhar a alma dos protagonistas. Possui apenas uma cena de impactante violência física mas não se deixe enganar pois é um Haneke de primeira... E com um elenco afiadíssimo. abaixo o trailer: