sexta-feira, 5 de março de 2010
Alô, Alô, Terezinha !
Nelson Hoineff é um cara com muita experiência em TV e além de produtor é um dos poucos que pensa a TV... Veja este comentário dele no blog de Fernando Morgado: "A televisão tem sido vista como um veículo de segunda qualidade, como um importador de modelos de conteúdo estrangeiros, que já não são bons, e um mero exibidor de eventos: Carnaval, futebol… Se nós respeitássemos a televisão um centésimo do que os cineastas respeitam o cinema, do que os poetas respeitam a poesia, os escritores respeitam a literatura, a televisão seria grandiosa." Isto posto, passo ao motivo deste post: o documentário dirigido por ele sobre Chacrinha intitulado "Alô, Alô, Terezinha". O documentário, ao invés de buscar biografar o "Velho Guerreiro" tenta, através daqueles que participavam de seu famoso programa de auditório, entender o que transformou Abelardo Barbosa na figura emblemática da televisão brasileira. Estão no documentário, desta forma, os calouros buzinados, as desnudas chacretes e os artistas que usavam o programa como forma de divulgação de suas músicas para que fossem tocadas no rádio ( seria jabá?)... A fauna é grande e interessante indo de Roberto Carlos a Caetano Veloso, passando por Elymar Santos, Fábio Jr. e Gilberto Gil. O filme é politicamente incorreto e hilário, mas um panorama fiel da época. Não tenho vergonha de dizer que detestava o programa do Chacrinha e, na época em que só existia uma TV em casa, era desesperador para um apreciador de rock ter de acompanhar aquela loucura toda com quinze anos de idade. Entendi o filme mais como uma contribuição para a história da música popular do país. Tive a paciência de contar as músicas que fazem parte da trilha e são 60 canções para uma hora e meia de filme. De qualquer forma, recomendável. Aqui o site do filme e abaixo o trailer e a premiere no Festival do Rio.
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