terça-feira, 28 de julho de 2009

Mangue Negro

Que "Fome Animal" (Peter Jackson) que... O terror Brazuca "Mangue Negro" (também conhecido como Mud Zombies) de Rodrigo Aragão é que é bacana... Com apenas R$ 50.000,00 o cara o cara aí embaixo no meio dos zumbis fez e aconteceu... Tá melhor que Robert Rodriguez.

Aqui sapeco a sinopse disponível no Blog "Boca do Inferno" (lá tem um montão de fotos também):

"MANGUE NEGRO mostra uma contaminação zumbi que se espalha pelo mangue, transformando pescadores de uma comunidade pobre em monstros devoradores de carne humana. Parece simples, mas a história se desenvolve através de várias linhas narrativas, acompanhando paralelamente as situações envolvendo diferentes personagens, como se o espectador estivesse testemunhando episódios dentro de uma trama maior. Finalmente, estes personagens e episódios se cruzam, e todos passam a lutar juntos pela sobrevivência - uma possibilidade cada vez mais distante."

Na FOLHA saiu esta matéria: (Só para assinantes):

A idéia é tão boa que só mesmo o terror que é fazer um filme no Brasil explica ela não ter sido executada antes: um manguezal destruído pela poluição acaba contaminando os pescadores que nele se sustentam, transformando-os em zumbis.

Esse é o mote de "Mangue Negro", longa de terror que o capixaba Rodrigo Aragão, 31, gravou no quintal de sua casa, numa aldeia de pescadores de Guarapari (ES), com uma equipe técnica de sete pessoas e R$ 50 mil conseguidos com um amigo produtor, sem leis de incentivo ou patrocínio.

"Meu pai era dono de cinema e mágico, meu irmão é artista plástico. Comecei a fazer maquiagem com coisa de cozinha quando era criança, com 12 anos já assustava minhas tias. Sozinho, fui me aperfeiçoando, virei o doido do bairro", conta.

Aos 17, trabalhou em seu primeiro filme profissionalmente, como maquiador de efeitos. Em 2000, montou o projeto "Mausoléu", espetáculo teatral de terror, itinerante, que rodou por Minas, Espírito Santo e Bahia. "Desmaiamos 19 pessoas em dois meses em BH."Quando o projeto acabou, voltou a Guarapari e começou a fazer curtas independentes, como o "Chupa-Cabras" --feito com R$ 300, em um fim de semana, disponível no YouTube.

No site do filme tem zilhões de informações e vídeos de making of... Passa lá... Aqui vão o trailer oficial e um dos vídeos:




sexta-feira, 24 de julho de 2009

Banda larga esportiva...

Sexta-feira nunca foi de jornada esportiva... Mas agora é !!! As imagens abaixo são de uma sexta-feira chuvosa com quatro jogos rolando... Nunca houve tanta oferta de produtos audiovisuais esportivos... Quatro jogos rolando ao vivo e Sergio Bruno Trivelato no comando: um na tv a cabo e o resto pela web... O vídeo foi gravado em minha humilde casa... Isso diz muita coisa. Web Rulz !!!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Do que gostam os adolescentes da era digital?

Replico aqui texto enviado por mail pelo meu amigo Lauro Teixeira sobre o estudo "How teenagers consume media":

"Quase não se fala em outra coisa desde que a Morgan Stanley divulgou os resultados de um estudo encomendado a um estagiário de 15 anos na Inglaterra. Matthew Robson pesquisou com seus amigos e colegas para descobrir os hábitos dos adolescentes. Os resultados da pesquisa são bem interessantes e devem ter grudado uma pulguinha atrás da orelha dos executivos mais interessados nos consumidores futuros. Pelo que se vê, os resultados não ficam longe do padrão adolescente brasileiro – e, de fato, do padrão mundial, com pequenas variações."

Abaixo o texto completo com os resultados do estudo (em inglês):

How Teenagers Consume Media

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Globalização

O Albergue Espanhol (2002) de Cèdric Klapisch . Quem disse que entretenimento não pode ser "cabeça"? Filme envolvente onde um jovem francês, Xavier, precisa aprender espanhol para garantir um emprego como economista e resolve participar do Programa Erasmus para conseguir uma bolsa de estudos em Barcelona. Lá, depois de sofrer pela falta de domínio do idioma e de lugar para ficar, instala-se enfim numa "república" com mais cinco jovens de diferentes nacionalidades européias. Tratado sobre identidade, a película é altamente recomendada e divertida. Abaixo um texto do diretor disponível no blog Webcine.com.br e depois o trailer.

"A idéia de fazer Albergue Espanhol surgiu há cerca de 10 anos. Minha irmã estava participando do programa de intercâmbio Erasmus em Barcelona e, quando fui visitá-la por uma semana, ela dividia um apartamento com cinco pessoas, cada uma de um país diferente. Quando me dei conta do quanto era divertida e fértil essa situação em termos dramáticos, resolvi fazer um filme sobre o tema.Nessa época eu tinha trabalhado por dois anos no roteiro de um filme sobre um assalto. Tudo estava preparado, porém, o projeto teve de ser adiado por quatro meses. Decidi tentar fazer outro filme enquanto aguardava, mas para isso teria de escrever o roteiro em duas semanas. Sentei-me para escrever e, 12 dias depois, tinha concluído Albergue Espanhol.Juntamente ao Bruno Levy, o produtor, e com Romain Duris, o ator em quem sempre pensei para interpretar Xavier (já tínhamos trabalhado juntos quatro vezes), viajei pela Europa em busca do elenco. Fomos a Copenhague, Roma, Londres, Berlim e Barcelona, e conhecemos cerca de 20 atores em cada lugar. Escrevi uma pequena "cena de ensaio" para cada personagem, e com o tempo esses testes foram se tornando novas cenas do filme. No decorrer desse processo, reescrevi o roteiro e recriei os personagens com base em idéias que os atores me inspiraram.De fato, o enredo do filme foi surgindo a partir das pessoas que eu ia conhecendo. Como a maioria dos roteiristas, normalmente trabalho ao contrário: crio os personagens e depois saio em busca de atores para corporificá-los. Neste caso, porém, me pareceu importante fazer o inverso. Eu não queria em hipótese alguma fazer caricaturas de qualquer cultura européia. Então, por exemplo, em vez de criar "o personagem italiano perfeito", conheci Federico D'Anna, que considero bem italiano de um modo peculiar, único, e ele se tornou "o personagem italiano" do filme.Barcelona também influenciou o roteiro, pois à medida que eu procurava locações na cidade, várias cenas surgiam em minha imaginação pelo simples fato de descobrir algum lugar especial. O roteiro foi construído propositalmente como um caldeirão cultural composto de sonhos, recordações, imagens, ambientes e histórias que estudantes que participaram do programa Erasmus me contaram. Essa "mistura" se tornou Albergue Espanhol.Acho que o tom do filme expressa a confusão desse momento em que se tem 25 anos e não se sabe ao certo o que se quer fazer da vida, por quem se apaixonar, se é melhor cursar uma faculdade ou aprender sobre a vida de outra forma. Essa época normalmente é confusa e, através de Xavier, tentei expressar essa confusão de forma leve e engraçada.À medida que fazia o filme, eu aprendia, junto ao Xavier, que seguir os desejos mais inconscientes e os impulsos desordenados é uma boa maneira de crescer e de viver com liberdade. No final, surgiu um filme não apenas sobre juventude, viagens e diversidade, mas também sobre o encontro dessa liberdade."

O buraco no muro

Comentei com alguns amigos sobre o experimento de um pesquisador hindu, Dr. Mitra, que colocava computadores à disposição de crianças de comunidades carentes e, rapidamente, elas aprendiam a usar a máquina e a navegar na Internet. O Experimento foi denominado " O buraco no muro" e aqui vai uma reportagem sobre o assunto que achei no YouTube. Vale a pena conhecer.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Web HD

Le Parkour (por vezes abreviado como PK) ou l'art du déplacement (em português: arte do deslocamento) é uma atividade com o princípio de se mover de um ponto para outro da maneira mais rápida e eficiente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Esta é a definição da wikipedia... Existem vários vídeos sobre esta técnica de deslocamento no YouTube, mas as imagens em HD de uma São Paulo, vista em ângulos inusitados, vale a pena. Veja no site vimeo.com/hd o filme Samparkour. Caso não tenha banda "larguíssima", tenha pelo menos paciência: espere "carregar e depois veja em tela cheia. Vale a pena. Aqui vai:

SAMPARKOUR from Wiland Pinsdorf on Vimeo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Espectro do Cinema Argentino

Fantasma (2006) de Lisandro Alonso. O diretor argentino é acima de tudo ousado... Sim, mais ousado que autoral. Apenas uma dica: Antes de ver este filme é imprescindível ver ou conhecer "Los Muertos" do mesmo autor. O filme mostra básica e lentamente o ator Argentino Vargas ( o nome diz tudo), protagonista de "Los Muertos" no hall e corredores do Teatro San Martin esperando a estréia do filme no qual atuou, ou seja, "Los Muertos". Quando inicia-se a projeção estão lá ele e meia-dúzia de gatos pingados... Meta-linguagem? Metáfora do dito "Novo Cinema Argentino?" Quem é o morto ? Quem é o fantasma? Enfim: um tipo de cinema difícil, que prescinde das palavras e que me atraí. Abaixo o trailer e depois um texto furtado do Blog Perro Andaluz. Leia aqui uma entrevista com o cineasta na Revista Contracampo.



Su extraña naturaleza puede llevarnos fácilmente a un juicio negativo del film, ya sea por su escasa autonomía o por su hipotético oportunismo (de este lado han venido más bien los reparos). Ambos argumentos son perfectamente asumibles. Sin embargo Fantasma también puede leerse como una reveladora reflexión sobre las vanguardias y sus engañosos artefactos de no-ficción (resulta difícil negar lo idóneo del lugar escogido para el rodaje), una especie de confesión (“desmonten el mito: todo lo que vieron es tan falso como lo que ahora contemplan”) que se atreve a jugar de nuevo -y a convencernos de nuevo- con las mismas artimañas pasadas. ¿Acaso no resulta lúgubre y oscura la imagen de Vargas observando esa cajita de música, con una inocente mirada infantil de fondo? (...) Por algún motivo esta idea no gustó a los programadores de Cannes. Y ahora, en cierto modo, Alonso ha recuperado en su tercer largometraje esa vieja idea, la voluntad de romper drásticamente con cualquier presunción documental. La diferencia es que esta vez no es un plano, sino toda una... ¿película? Una vez más, la sentencia de Magritte: “esto no es una pipa”.