domingo, 26 de setembro de 2010

Sessão da Tarde 3

Pra fechar: Os Filhos de Katie Elder (1965) de Henry Hathaway . Um faroeste menor mas que tem lá seu charme... A dupla Jonh Wayne e Dean Martin não repetem a alquimia de "Onde Começa o Inferno" um dos meus dez filmes preferidos (porém dirigido por por outro H. H. : Howard Hawks) . Enfim uma agradável Sessão da Tarde! Aqui a Sinopse de Renato Rosatti no site Cinema em Cena:

"Alguns atores acabaram tendo suas imagens eternamente associadas a um determinado gênero do cinema. Assim como Boris Karloff ou Vincent Price possuem seus nomes ligados ao Horror (apesar de atuarem em filmes de várias outras temáticas), John Wayne é um dos grandes ícones do cinema de Western, fazendo parte significativa de sua história, através principalmente dos papéis de homens determinados, corajosos e temidos por sua bravura. No excepcional “Os Filhos de Katie Elder” (The Sons of Katie Elder, 1965), dirigido por Henry Hathaway, o lendário John Wayne lidera o elenco tendo o privilégio de atuar ao lado de Dean Martin, outro nome expressivo, e de uma equipe de coadjuvantes ilustres formada ainda por George Kennedy e James Gregory, entre outros. Após a morte da mãe, Katie Elder, respeitada cidadã da pequena cidade de Clearwater, no Texas, seus quatro filhos voltam a se reunir para o funeral, numa última homenagem. A família é formada por John (John Wayne), o líder mais velho e um pistoleiro famoso e destemido, seguido por Tom (Dean Martin), um exímio e trapaceiro jogador de cartas, Matt (Earl Holliman), o mais pacato e tranquilo de todos, e finalmente por Bud (Michael Anderson Jr.), o mais jovem entre eles, sendo a única esperança de uma vida melhor através dos estudos, e que idolatra a fama agressiva do irmão mais velho John. Ao chegarem à Clearwater e após o funeral, eles decidem investigar os últimos acontecimentos envolvendo a mãe e descobrem que o pai, um eterno bêbado, havia perdido a fazenda da família num jogo de cartas para o suspeito Morgan Hastings (James Gregory), um comerciante de armas e influente latifundiário recém chegado à cidade. Continuando as investigações, os quatro irmãos descobrem também que o pai havia sido misteriosamente assassinado com um tiro nas costas e que uma das únicas pessoas amigáveis é a bela e jovem Mary Gordon (Martha Hyer), a qual acompanhou de perto os últimos anos de vida de Katie Elder. Uma vez obtendo da cidade apenas respostas evasivas de seus moradores, comerciantes e dos representantes da lei, sobre os eventos misteriosos envolvendo o patrimônio de sua família, recebendo a antipatia do assistente Ben Latta (Jeremy Slate), e apesar dos conselhos de um antigo amigo, o velho xerife Billy Wilson (Paul Fix), os irmãos Elder partem para um confronto direto de vingança contra o desonesto Morgan Hastings e seus capangas, e entre os quais destaca-se um perigoso pistoleiro de aluguel chamado Curley (George Kennedy, numa ótima interpretação), como o típico criminoso arrogante e assassino frio e calculista. Em “Os Filhos de Katie Elder” podemos encontrar alguns dos elementos básicos de um western divertido, como as belas paisagens naturais repletas de montanhas imponentes, uma pequena cidade atrás do desenvolvimento, com seus tradicionais comércios como o banco, armazém, igreja, bar, delegacia e estábulo para os cavalos, o eterno vilão na figura de um poderoso fazendeiro ou comerciante, que não mede esforços para ampliar seus domínios, e o pistoleiro habilidoso e temido por sua fama de encrenqueiro na região. E o papel desse último, como não poderia deixar de ser, está muito bem representado pelo eterno cowboy John Wayne, que faz um John Elder durão, de poucas palavras, mas habilidoso com o revólver, bom de briga e determinado a descobrir a verdade com justiça."

Sessão da Tarde 2


Continuando: O Filho da Noiva (Argentina, 2001) de Juan José Campanella . O diretor é mais conhecido como vencedor do Oscar de filme estrangeiro de 2010 com "O Segredo de Seus Olhos". Considero o filme de 2001 superior e mais interessante e até agora um dos melhores filmes que vi nos últimos anos: elenco impecável, roteiro impagável e direção precisa. Faço minhas as palavras de Eduardo Valente na Revista Contracampo:


"Pois assim é este belíssimo filme chamado O filho da noiva. Claro, podemos olhá-lo pela superfície como um quase-melodrama sobre a tentativa de um filho de achar o amor ao mesmo tempo em que tenta ajudar o pai a encontrar a sua felicidade com a mãe doente. Mas, é pouco, é bem pouco. Para começar porque na chave do "quase" está boa parte do segredo do filme. Pois se há sim aspectos melodramáticos (excepcionalmente trabalhados), eles são quebrados constantemente por um humor ferino e altamente corrosivo. O retrato da doença mental consegue ser sensível sem, em nenhum momento, ser piegas. Conseguimos rir e nos emocionar com a mãe com Alzheimer, coisa por exemplo que o recente Uma canção para Martin não permitia. A doença é extremamente dramática, mas muitas vezes é hilária também, como quem já passou por ela sabe.
A chave para o entendimento maior do filme, que passa obrigatoriamente por este entendimento de que a vida é esse algo que está entre a alegria extrema e a tristeza profunda, vem de uma frase logo no início do filme. Quando um personagem questiona as dificuldades da recente crise argentina, o personagem diz: "Mas, quando não estivemos em crise?" É esta memória de viver em crise (absolutamente comum a brasileiros e argentinos) que serve de entendimento ao filme. No caos, a beleza.
Diga-se que um dos aspectos mais belos do filme é justamente este de trazer a atualidade do momento sócio-econômico argentino para um drama pessoal. Ou seja, não se trata de fazer um manifesto sobre a crise, não muito menos ignorá-la. Resta ver como ela afeta a vida das pessoas. Como as relações amorosas, familiares ou profissionais são impregnadas por ela. Simplesmente esta capacidade de retratar o seu tempo enquanto ele se desenvolve eleva o filme acima da maior parte da produção latina recente. E tornar a crise cômica e dramática é olhar para ela com os mesmos olhos com que somos forçados a olhá-la todos os dias.
Há no filme alguns conflitos esquemáticos tratados como tudo menos isso. Há o conflito de gerações, há o conflito amoroso, há o conflito entre os excessos do egoísmo e estar aberto aos outros. Mas, são todos equalizados para funcionar nas chaves mais diversas de dramaticidade, e nunca se tornam os únicos conflitos em cena, pois assim é a vida: temos várias bolas no ar, e elas não podem cair. Por isso, é essencial esquecer de algumas delas para se concentrar nas outras, mas mais cedo ou mais tarde, precisamos voltar àquela deixada para trás."


Sessão da Tarde 1



Passei o sabadão na frente da TV vendo filmes. O clima, enfim úmido, convidava... Então vão as dicas em três capítulos postados separadamente: A Estrada (The Road, 2009, de John Hillcoat) é um filme perturbador com elenco afiado e direção precisa. Num Estado Unidos pós-apocalíptico fotografado em tons de cinza um pai busca seguir ao sul em busca do litoral com seu filho pré-adolescente. Não existe comida e aqueles que não se suicidaram buscam o escasso alimento e calçados para dar conta da jornada ou ainda apelam para o canibalismo rumo à barbárie. Confesso que, tirando o final um tanto insosso, fiquei incomodado com o filme que prende a atenção mas não se vê com prazer. Isto indica o poder da película e ponto para ela. Algumas informações complementares surrupiadas da FOLHA ON LINE:

"Para mim, a parte mais tocante do livro são os personagens. Existem sim elementos de horror, a frieza, mas isso em relação a como as pessoas se comportam", diz Hillcoat à Folha por telefone. "O livro é sobre o bem que existe dentro de cada um. O mal está lá, e o medo sempre o traz à tona [...] Toda a razão do filme é que o homem é um bom homem, e ele vira um homem mau, e nós entendemos o porquê disso." O diretor contou que teve acesso ao livro antes mesmo de sua publicação e antes do sucesso do filme "Onde os Fracos não Têm Vez" (2007), outra adaptação de uma obra de McCarthy, dirigido pelos Coen e ganhador de quatro Oscars. Entre as concessões naturais para adaptar o livro ao cinema, Hillcoat cortou personagens e mudou pequenas coisas que, na vida real, não funcionariam, como andar na floresta com um carrinho de supermercado, usado pela dupla para carregar seus pertences. "Também colocamos flashbacks mais frequentes porque queríamos mostrar o homem carregando a memória da mulher." Charlize Theron faz esse papel, em flashbacks ensolarados, antes do apocalipse enigmático, para o qual não há explicação nem no livro nem no filme. Após a tragédia, ela se vê incapaz de seguir em frente. "O homem tende a ser o pai ausente, que sob pressão abandona a família, enquanto a mãe está sempre lá. O livro traz outra visão e achei isso estimulante", diz o diretor, que filmou "A Estrada" ao próprio filho, assim como fez McCarthy. "É tudo muito verdadeiro. Sob grande pressão, você tem esses dois cenários na vida."
Aqui um comentário em áudio de Luiz Felipe Pondé, articulista da FOLHA e abaixo o trailer:


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

You Should Be Dancing


Ao som da música dos Bee Gees que titula este post, Tony Manero, o personagem de John Travolta em "Os embalos de sábado à noite" (1978) desembarca no Chile de Pinochet para estrelar a película intitulada... "Tony Manero"  (Pablo Larraín, 2008). Li no The Guardian, jornal inglês, que se trata de uma comédia chilena de humor negro... Ledo engano... O filme, como diz o diretor no trecho transcrito abaixo, é uma metáfora não só do Chile, mas de outros países sul-americanos (Brasil inclusive) que num período entre o final dos anos 70 e início dos 80 do século XX, eram invadidos por produtos culturais estrangeiros que faziam a identidade nacional ir por água abaixo... Assim, o Tony Manero chileno é o periférico Raúl, que se espelha na imagem de Travolta para esquecer sua pobre e reprimida identidade... Filme crú, violento e impressionante. Veja o que diz o diretor em texto surrupiado do blog Filmes Black :

"O filme é uma metáfora do que sucedeu no Chile. O tema é o vazio humano, o vazio ideológico que caracterizou a era Pinochet e é a herança terrível que ele nos deixou", diz Larrain. Pelas bandas de Brasil e vizinhança, há quem se queixe do roteiro, que não aprofundaria os meandros psicológicos do complexo personagem. A crítica é levada ao diretor, que comenta - "É uma leitura burguesa de um filme que pretende ser antiburguês. Acho bom que as pessoas se manifestem, no Chile ocorreu a mesma coisa, mas esse tipo de frase feita consegue ser mais vazio do que o vazio de que me acusam. E a verdade é que esse vazio não é meu nem do filme. É do personagem, que critico." A provocação do diretor - existem vazios intencionais, que o espectador de Tony Manero tem de preencher. "Isso aqui não é Hollywood, que serve o filme pronto, para que você não pense. Nosso convite não é para que o público dance com Raul. É para que pense com Tony Manero."

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Segunda Chance


Este é o título do TCC - Trabalho e Conclusão de Curso do alunos Cazé, Carol, Juliana e Doélio do Curso de RTV, UNESP/Bauru. Trata de "um seriado brasileiro de comédia inspirado na sitcom norte-americana, pensada para uma temporada de 13 episódios, com cerca de 20 minutos de duração, com duas pausas de intervalos comerciais, totalizando meia-hora de programa. Conta a história de Sara que, recém-divorciada, vai morar com a ex-cunhada e tenta reconstruir sua vida e aproveitar a juventude perdida." O interessante do projeto é que a partir do terceiro epísósio o roteiro será elaborado de forma colaborativa através da internet. Para participar acesse o BLOG SEGUNDA CHANCE.

domingo, 5 de setembro de 2010

Controle seu PC à distância através do Twitter

Dica do Trivella via  Olhar Digital do UOL. Parece ser útil, por exemplo, para controlar o PC pelo Twitter, via Smartphone. Vou testar...

Rádio e TV da UNESP / Bauru recebe 4 estrelas no Guia do Estudante


Replico aqui a mensagem recebida do Guia do Estudante, onde o curso que coordeno recebeu a bela cotação de quatro estrelas,  o que o coloca entre os melhores do Brasil:

Prezado professor Marcos Américo,

Temos o prazer de comunicá-lo que o curso de Rádio e TV da Universidade Estadual Paulista - Bauru foi estrelado na avaliação de cursos superiores realizada pelo Guia do Estudante (GE) e constará da publicação GE Profissões Vestibular 2011, que passa a circular nas bancas a partir do dia 5 de outubro.

Atenciosamente,

Fabio Volpe
Diretor de Redação
Guia do Estudante – Editora Abril
http://www.guiadoestudante.com.br/