domingo, 21 de junho de 2009

PUNK !!!

The Filth and the Fury (2000) de JulienTemple. Realmente o punk não morreu. Este "rockumentary" é um bela versão "oficial" ou "chapa branca" da história do Sex Pistols, um vez que é contada pelos mebros da banda, inclusive o chapado e finado Sid Vicious. Existe tempo até para ouvir as relevantes asneiras de Nancy Spungen, namorada de Syd, que corrobora a tese de que sempre existiu (e existirá) uma baranga para ajudar acabar com uma banda... Nesta história o empresário Malcolm McLaren não tem vez e é o "Judas" de plantão. No site oficial da banda podem ser acessadas as informações mais recentes da banda, como inclusão do Sex Pistols no MySpace . Abaixo o trailer do filme e depois trecho de texto surrupiado do blog dvdpt.com .



“Julien Temple era ainda aluno na escola de cinema quando ouviu pela primeira ver a música dos Sex Pistols que saía de um armazém em Beaconsfield, Hertfordshire. Tratava-se de uma canção dos Small Faces, mas em vez de cantarem "I want to know I love you" gritavam "I hate you". Pediu uma câmara emprestada e começou a filmá-los. A maioria do que filmou integrou-o no seu primeiro filme, "The Great Rock'n' Roll Swindle", que foi logo considerado mais como um veículo de promoção do agente Malcolm Mclaren do que a visão do grupo. O filme foi apresentado ao público em 1980, dois anos depois do fim da banda e um ano após a morte, por overdose de Sid Vicious. Mas para os elementos da banda, nem este filme nem "Sid and Nancy", realizado em 1986 por Alex Cox cum Gary Oldman. eram de facto representativos do grupo que esteve por trás do movimento "punk". Agora, muitas das imagens originais, algumas das que foram rejeitadas e material vindo de outras fontes fazem de "The Filth and the Fury - Sex Pistols o Filme" o verdadeiro retrato de um grupo, como nenhum outro, representante do descontentamento das classes trabalhadoras e da rebelião dos tempos, e não apenas um produto manufacturado como o seu manager pretendia.”


Vi recentemente "Classic Albuns: Never Mind The Bollocks - Sex Pistols", série que retrata faixa a baixa a produção de ábuns clássicos e é um interessante contraponto para o documentário de Temple, até porque dá voz à soberba de Malcolm MacLaren. Como citado no texto acima é imprescindível degustar "Sid and Nancy", realizado em 1986 por Alex Cox, que que pode ser visto no YouTube, mas não incorporado neste blog mediante solicitação da produtora. O trailer não pode, mas a primeira parte do filme pode... Vai entender...



segunda-feira, 15 de junho de 2009

Interfaces Hápticas

Em sua apresentação aqui em Bauru no Colóquio: TV Digital, promovido pelo Programa de Pós-graduação em TV Digital da UNESP, Marcelo Zuffo (foto ao lado) citou as Interfaces Hápticas. Este conceito também está presente em sua Tese de Livre-docência na USP. Para aprofundar um pouco este tema indico a leitura de dois documentos: para os mais apressados o artigo "Interfaces Hápticas - Dispositivos não convencionais de interação" de Alexandra Cristina Moreira Caetano do Laboratório de Pesquisa em Arte e Realidade Virtual – IdA- UnB"; já para aqueles que tem mais tempo e vontade, aqui está o link para a Tese de Zuffo intitulada "A Convergência da Realidade Virtual e Internet Avançada em Novos Paradigmas de TV Digital Interativa", que também foi o título de sua conferência na abertura do colóquio. Para melhor compreensão do conceito, surrupiei do texto de Alexandra Cristina Moreira Caetano o trecho que segue:

"O estudo para desenvolvimento de interfaces hápticas representa a busca por dispositivos que permitam uma interação com os sistemas virtuais de modo sensoriamente similar às interações presentes no mundo físico. Eliane Mauerberg-deCastro (2004) afirma que o sistema háptico está relacionado coma percepção de textura, movimento e forças através da coordenação de esforços dos receptores do tato, visão, audição e propriocepção, assim, “a função háptica depende da exploração ativa do ambiente, seja este estável ou em movimento”. Perceber os ambientes virtuais por meio de um sistema háptico é o objetivo destas interfaces. Segundo Christopher M. Smith (1997), háptico é o estudo de como combinar os sentidos humanos com a sensação de contato com um mundo gerado por computador. Os dispositivos convencionais de interação homemmáquina não fornecem ao interator feedback de força, ou mesmo feedback de tato. A pesquisa com dispositivos hápticos visa resolver a falta de estímulo para o sentido de tato na interação homem-máquina, ao investir no aumento da interatividade e em tornar esta interação mais intuitiva e natural."

Abaixo vídeos que tive contato através do blog Interacção Homem Máquina, onde estão, respectivamente, um paraplégico que desenha através de um "mouse áereo" , um "spray virtual' e um "dispositivo háptico magnético":






Livro "Fundamentos e Tecnologia da Realidade Virtual e Aumentada"

Depois de um feriadão santificado com a presença de todo o clã Américo para festejar uma década do rebento Juca, volto a postar teclando dura e doloridamente (por conta de uma maldita L.E.R.) neste blog que visualizas... Vamos ao que interessa: Está aqui o link para acessar o livro "Fundamentos e Tecnologia da Realidade Virtual e Aumentada" em PDF. A obra é muito interessante e abaixo transcrevo alguns trechos dela. Mais abaixo ainda um vídeo que mostra um aplicativo de RV para uma pessoa tetraplégica. Apreciem com moderação:

"Representações da realidade ou da imaginação sempre fizeram parte da vida do ser humano permitindo-o expressar-se ao longo do tempo, desde desenhos primitivos, figuras e pinturas até o cinema, passando por jogos, teatro, ópera, ilusionismo e outras expressões artísticas. O uso do computador potencializou e convergiu tais formas de expressão, viabilizando a multimídia, que envolve textos, imagens, sons, vídeos e animações, e mais recentemente a hipermídia, que permite a navegação não linear e interativa por conteúdos multimídia. Ao mesmo tempo, os vídeo-games ganharam um espaço extraordinário, explorando a interação. Não demorou para que todas essas tecnologias convergissem e, rompendo a barreira da tela do monitor, passassem a gerar ambientes tridimensionais interativos em tempo real, através da realidade virtual."

"A Realidade Virtual pode ser classificada, em função do senso de presença do usuário, em imersiva ou não-imersiva. A realidade virtual é imersiva, quando o usuário é transportado predominantemente para o domínio da aplicação, através de dispositivos multisensoriais, que capturam seus movimentos e comportamento e reagem a eles (capacete, caverna e seus dispositivos, por exemplo), provocando uma sensação de presença dentro do mundo virtual. A realidade virtual é categorizada como não-imersiva, quando o usuário é transportado parcialmente ao mundo virtual, através de uma janela (monitor ou projeção, por exemplo) mas continua a sentir-se predominantemente no mundo real."