segunda-feira, 30 de junho de 2008

Teorema - Crítica de Cinema


Esta é a capa da décima segunda edição da Revista Teorema - Crítica de Cinema, editada pelos críticos Fabiano de Souza, Flávio Guirland, Fernando Mascarello, Ivonete Pinto e Marcus Mello. Traz críticas muito interessantes de filmes como "Sangue Negro", "Paranoid Park", "Desejo e Reparação", "Senhores do Crime", "Swenney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", "Não Estou Lá", "Na Natureza Selvagem", "Onde os Fracos Não Tem Vez" (foto da capa), "3 Efes","A Casa de Alice", "Jogo de Cena" e " A Via Láctea". A revista ainda apresenta uma bela entrevista com o historiador e teórico Michel Marie, professor de Cinema da Sobonne. Uma bela dica de leitura ou presente para os amantes do cinema ( este número ganhei de meu amigo Brunão).

domingo, 29 de junho de 2008

O grito Wilhelm

Dica de meu amigo e aluno de RTV, Ítalo e clonado do blog OMEDI - O Maior Espetáculo da Internet, que por sua vez copiou do site webarchive.org , ou seja, como diria Chacrinha: "Nada se cria, tudo se copia" então aqui vai o CTRL+C / CTRL+V:

Antes de continuar a leitura ouça este áudio:



"Esse "efeito" se chama "Grito Wilhelm" (Wilhelm Scream). O cantor-ator Sheb Wooley gravou o efeito, que foi usado pela primeira vez no filme Distant Drums, de 1951, quando um personagem era mordido e arrastado por um crocodilo. E ganhou esse nome em 1953, no filme The Charge at Feather River, quando foi usado pela segunda vez por um personagem menor chamado "Private Wilhelm". Até 1977 ele havia aparecido em 17 filmes, quando o designer de som Benn Burtt resolveu usá-lo em Star Wars. Depois disso ele se popularizou e a lista de filmes que usaram o efeito cresce ano a ano, hoje na marca de 112 filmes (segundo o iMDB) e muitas outras mídias, como videogames, por exemplo. Abaixo uma pequena compilação de filmes e desenhos recentes que usaram o efeito:"


"Veja (ouça) também o efeito em um
vídeo com cenas de filmes mais antigos. E que fique bem claro, ele não foi inserido posteriormente nesses vídeos, ele está nesses filmes. O engraçado é que ao ver (ouvir) o efeito repetidamente ele parece muito ridículo!
Há também um outro vídeo contando sua história, em inglês, sem legendas:"

quinta-feira, 26 de junho de 2008

De pai pra filho...

Nesta quinta aluguei meu filho Juca pra rever uma pérola que vi numa matinê de domingo no Cine Casino de Botucatu quando era criança... E num é que o moleque gostou... "20.000 Léguas Submarinas" (1954) de Richard Fleischer, produzido pela Disney e baseado em Júlio Verne. Precisa falar mais... Entre os filmes de aventura que gosto destaco: "As Minas do Rei Salomão" (1950) , "Capitão Blood"(1935), "Scaramouche" (1952) e "As Aventuras de Robin Hood" (1938). Abaixo a ficha e o trailer:

Dirigido por:
Richard Fleischer
Elenco:
Kirk Douglas (as Ned Land), James Mason (as Captain Nemo), Paul Lukas (as Prof. Pierre Arronax), Peter Lorre (as Conseil), Robert J. Wilke (as First Mate of the Nautilus), Ted de Corsia (as Capt. Farragut), Carleton Young (as John Howard), J.M. Kerrigan (as Old Billy), Percy Helton (as Coach Driver), Ted Cooper (as Mate on 'Lincoln')


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Como é que é mesmo?

Primer (2004) de Shane Carruth - Dois amigos cientistas trabalham numa garagem em seus horários de folga. Com equipamentos caseiros e baratos montam uma geringonça tecnológica que nem eles sabem direito para o que serve... Com este enredo o filme recebeu 4 indicações ao Independent Spirit Awards, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Filme de Estréia, Melhor Diretor e Melhor Roteiro de Estréia e ganhou o Grande Prêmio do Júri, categoria Drama, no Sundance Film Festival. E as surpresas não páram por aí: Diz a lenda que o diretor, produtor, ator, montador ( no glorioso Adobe Prermiere, num PC doméstico) e sonorizador Shane Carruth investiu apenas sete mil dólares para produzir a obra. Parabéns para ele !!! O roteiro é propositalmente confuso e deve proporcionar orgasmos múltiplos em cientistas cinéfilos. Por ser a primeira obra de um matemático entediado com a profissão que resolve a equação da sua vida em quadros por segundo é OK. O único problema ou virtude da película é que demanda umas dez sessões para começar a entender tudo o que acontece... Puzzle-movie para ir juntando os pedacinhos. Veja o site oficial e abaixo, primeiro o trailer e, na seqüência a entrevista com o diretor (em inglês):



terça-feira, 24 de junho de 2008

Oh Desgraça !!!

Piaf, Um Hino ao Amor (La Môme, 2007) de Olivier Dahan. Pense numa vida desgraçada, em que os poucos momentos de alegria aconteceram em cima de um palco... Esta é a vida da cantora francesa Edith Piaf na visão do diretor. Assim como Todd Solondz, Dahan parece não ter piedade de sua biografada: da infância vivida num bordel, onde quase ficou cega até as calçadas de Paris, onde cantava por uns trocos trocados por álcool, o que se vê é sofrimento. Cinemão estilo clássico, embalado por um bela fotografia e produção, mas que peca talvez pela duração (quase duas horas e meia). A montagem, intercalando tempos alternados funciona, quebrando a linha do tempo e dando ritmo à obra. O filme me fez lembrar de "Perfume de Mulher" (Matin Brest, 1992) com Al Pacino e explico o motivo: as duas obras sobrevivem porque são carregadas nas costas e ladeira acima por seus atores principais. Assim como Pacino, Marion Cotillard atua magistralmente e nos faz crer que estamos diante da verdadeira Piaf e com uma vantagem: é convincente em todas as fases da vida da cantora. Nota dez para a atriz. Enquanto biografia, continuo preferindo Ray (Taylor Hackford, 2004) sobre o contor Ray Charles . Para comparar, abaixo estão, primeiro o trailer do filme e depois a verdadeira Piaf cantando "Non, Je Ne Regrette Rien".



sexta-feira, 20 de junho de 2008

Curtas

Há um bom tempo não via curtas brasileiros. Sempre achei o formato interessante e aberto à novas experiências. Com as redes torrents, realizadores desta seara encontram, na internet um espaço de exibição cada vez mais escasso no circuito comercial... E outra: quem faz curta não pensa em retorno financeiro imediato, quer apenas dar a cara pra bater e mostrar sua produção. Aqui vão dois curtas disponíveis na web no Makingoff.org :

Café com Leite (2007) de Daniel Ribeiro (18 minutos) - Singelo roteiro filmado com sensibilidade. Danilo e Marcos formam um jovem casal homossexual que resolve morar juntos e chegam até a combinar a viagem de Núpcias. Os pais de Danilo morrem e ele tem que cuidar de Lucas, seu irmão de nove anos. Daí pra frente, entre copos de leite e videogame, a vida se revela... Abaixo, o Trailer:



Alternativa (2006) de Renata Marinho (07 minutos) - Um tanto amador e a cara é mais de vídeo-arte que de cinema. Enfim, "Tour de force" da diretora em produzir algo pessoal e com abordagem feminina. Algumas curiosidades sobre o filme disponíveis no Portal Making of que "distribui exclusivamente" o filme (informações que, sinceramente, não tenho como confirmar):

"O orçamento do filme foi de 300 Reais. O filme foi todo rodado na casa em que a diretora morava na época, numa vila em Ipanema. Todos os quadros, gravuras e colagens que aparecem de relance nas paredes foram feitos pela diretora do filme. O livro que aparece aberto na cena do lençol roxo é "Genealogia da Moral", de Friedrich Nietzsche. A "cocaína" que aparece no filme era fermento pra bolo. O uísque era coca-cola sem gás misturada com água até chegar àquela cor. O ator na cena em questão realmente cheirou o fermento e bebeu a coca-cola choca. Tudo pela arte. Todas as cenas foram filmadas durante um só dia, com exceção da cena na Lagoa e da última cena, que foram filmadas em dias diferentes. A diretora, por absoluta falta de recursos, passou a noite anterior da filmagem cozinhando a comida que alimentaria todo o elenco e toda a equipe durante as filmagens. Dizem que ficou muito gostosa."

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Análise Fílmica

Durante duas semanas participei de um curso sobre Análise Fílmica com o professor Francisco Javier Gómez Tarín, da Universidad Jaume I de Valência, Espanha. O evento foi organizado pelo Programa de Pós-gradução em Comunicação da UNESP, em Bauru/SP. Além das discussões sobre metodologia de análise de filmes foi uma ótima chance para entender como funcionam as escolas de audiovisual na Espanha , fazer contatos e estabelecer vínculos com instituições do Além-mar. Pudemos também ver e rever alguns filmes muito bons, como "A Regra do Jogo'' de Renoir, "A Maldição do Sangue de Pantera" de Robert Wise, e "In The Mood of Love" de Wong Kar Wai. Uma atenção especial foi dada à película "Arrebato" de Iván Zalueta", tema do livro aí do lado, escrito por Tarín. Abaixo um trecho do filme e a entrevista com o diretor.



segunda-feira, 9 de junho de 2008

Long Live Youtube !!!

Neste final de semana, para estrear minha rede wireless particular, me diverti ligando meu notebook na TV para garimpar raridades no Youtube. É notável como existe gente bacana na Rede que disponiliza seu acervo audiovisual, compartilhando arquivos pessoais e raros. Muitos VHS's ripados nos fazem voltar no tempo ou simplesmente descobrir pérolas como essa, logo aí embaixo: A oitentista banda Plebe Rude tocando seu hit "Proteção" com inserts de Titãs (Bichos Escrotos) e Tim Maia ( Do Leme ao Pontal). Aqui está o link para o site oficial da banda: "Unidade Plebe Rude Oficial".

De Volta para o Passado


The Song Remains The Same (1976) - Antológico Show do Led Zeppelin gravado no Madison Square Garden. A gravação ocorreu durante três noites consecutivas em 1973 mas o filme só foi lançado nos cinemas em 1976. Imperdível...

CD
Disco 1
1. Rock and Roll (John Bonham, John Paul Jones, Jimmy Page, Robert Plant) – 4:03
2. Celebration Day (Jones, Page, Plant) – 3:49
3. The Song Remains the Same (Page, Plant) – 6:00
4. The Rain Song (Page, Plant) – 8:25
5. Dazed and Confused (Jake Holmes, Page) – 26:53

Disco 2
1. No Quarter (Jones, Page, Plant) – 12:30
2. Stairway to Heaven (Page, Plant) – 10:58
3. Moby Dick (Bonham, Jones, Page) – 12:47
4. Whole Lotta Love (Bonham, Willie Dixon, Jones, Page, Plant) – 14:25

DVD
1. Rock and Roll
2. Black Dog
3. Since I've Been Loving You
4. No Quarter
5. The Song Remains the Same
6. The Rain Song
7. Dazed and Confused
8. Stairway to Heaven
9. Moby Dick
10. Heartbreaker (Takes)
11. Whole Lotta Love

Ficha Técnica
* Jimmy Page - guitarras, backing vocals, produtor
* Robert Plant - vocais, gaita(harmônica)
* John Paul Jones - baixo, teclados, mellotron
* John Bonham - bateria, percussão


Ao contrário do Filme "Waynes' World" onde na loja de guitarras tem um cartaz escrito "Proibido tocar Stairway to Heaven", aqui vai a desgastada canção em sua versão definitiva:

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Os Olhos Sem Rosto (Les Yeux sans visage) de Georges Franju , 1959 - Um médico atormentado por ter causado o acidente em que sua filha fica com o rosto desfigurado realiza tentativas, a quaisquer custo, de reconstruí-lo. Vai lá... Serve como “Sessão da Tarde” Maldita: Clima estranho, gente esquisita e um fotografia em P&B bacana. Tá certo que estamos tanto quanto anestesiados pelo horror gore e sanguinolente que reina desde "O Massacre da Serra Elétrica" (Tobe Hopper, 1974) e, levando em consideração que aqui na Terra Brasilis ainda reinou Mojica e seus bichos escrotos, o filme revela-se um horror clássico misturado com momentos mais explícitos, como a cena do detalhado procedimento cirúrgico. Levanta algumas questões fora de seu tempo, como a rejeição a órgãos tranplantados e o uso de animais em experimentos científicos e, talvez, aí resida seu interesse. Fui levado a vê-lo por ser inédito no país e pela natural curiosidade mórbida... É considerado o maior filme francês de terror de todos os tempos... Como não conheço e nem pretendo conhecer todos os filmes franceses de terror (rsrsr) continuo indicando o meu preferido: "Os Inocentes" de Jack Clayton (1961) que detalharei com mais calma em post futuro. Para os defensores do filme, aqui um texto sobre ele (em inglês). Abaixo a famosa cena da cirurgia:



Em tempo: o filme possui um belo cartaz, considerado referência para os filmes de terror. Então aqui vai o link para uma seleção de cartazes deste tipo tão cultuado de películas, disponíveis no blog "Ângulo" de Marco Polli. Abaixo o tão falado cartaz:

terça-feira, 3 de junho de 2008

III Semana de Rádio e TV da UNESP

Enfim e com muito atraso aqui vai o registro da III Semana de Rádio e TV da UNESP, acontecida no Campus da UNESP em Bauru, de 12 a 16 de maio e que teve como tema " Criatividade e Produção Audiovisual". Na foto acima Eu, Almir Almas (USP) e Letícia Passos Affini (FAAC- UNESP) num acalorado debate sobre Produção Audiovisual. Abaixo a platéia atenta e a moçada que trabalhou na transmissão ao vivo do evento pela FAAC Web-TV.