quarta-feira, 30 de julho de 2008

Genial !!!

Films & Videos by Zbig Rybczynski - Part 1 - Media (2006). Para Maria Dora Mourão, em seu texto "Algumas reflexões sobre o cinema, o audiovisual e as novas formas de representação" , autores como "Gianni Toti (Itália)e Peter Greenaway (Inglaterra), Zbigniew Rybczynski (Polônia/Estados Unidos/Berlim), são totalmente favoráveis à idéia de que a utilização dos meios eletrônicos pode permitir o surgimento de uma nova linguagem, a partir da qual expressamos nossas idéias e implementamos um novo conceito para a arte. Essa nova linguagem não viria para substituir o cinema, mas sim para se somar às já existentes, como o próprio cinema, o teatro, a pintura, a fotografia, etc. O uso expressivo dos efeitos visuais facilitados pelas novas tecnologias nos remete à idéia da arte pelo fato de estar se dando um valor estético a esses efeitos. Assim, as artes sofrerão uma mudança na sua aparência, determinada pelos novos meios. " Simplesmente genial, este cineasta/animador vai passar a fazer parte de minhas aulas de "Técnicas de Animação" no curso de Rádio e TV na UNESP a partir deste ano. Mais sobre ele na Wikipedia. Abaixo "Tango" só como amostra:

Link: sevenload.com

Pra colocar as coisas em ordem...

Como havia dito numa das últimas postagens, a coisa tá feia ... Zilhões de matrículas pra adequar, bolsa do doutorado com um bando de missões pra cumprir e intermináveis reuniões para deixar tudo azeitado para o evento que nosso grupo está organizando, o ULEPICC Bauru 2008. Mas dá pra arranjar um tempinho e postar porcamente alguma coisa... Desculpas... Mas "C'ést la vie"... vamos lá:

Dias de Cão (Hundstage / Dog Days- Áustria, 2001) de Ulrich Seidl - Primeiro filme de ficção do diretor que veio dos documentários e isso explica muita coisa da estética do filme. Durante dois dias de um verão sufocante no ambiente asséptico e pequeno-burguês de um condomínio austríaco são expostas todas as feridas, frustrações e perversões de uma sociedade que mal consegue expressar seus sentimentos. A forma cruel como os corpos das pessoas são mostrados, nus e desprovidos de beleza me lembrou muito "La batalla en el Cielo" de Carlos Reygadas e que gosto muito. Abaixo a cena do "Jogo da bebida":



Pra complementar o post aqui vai uma entrevista com o diretor na FOLHA, publicada em 01/11/2001:

"Dias de Cão" marca estréia de diretor austríaco na ficção
Por JOSÉ ROCHA M. FILHO - especial para a Folha de S.Paulo, em Viena

Folha - Em "Amor Animal" (1995), a mistura de atores profissionais e leigos, ficção e documentário é surpreendente. Como o sr. desenvolve esse estilo em "Dias de Cão"?
Ulrich Seidl - "Dias de Cão" é meu primeiro filme de ficção, feito parcialmente com método documental. A diferença é que nele os atores e os não-atores não interpretam a si mesmos.

Folha - Qual seria a parcela de influência dos documentários?
Seidl - Não estabeleço uma diferença entre documentário e ficção. Comecei a fazer documentários porque eram mais fáceis de serem financiados. Mas o limite entre a atuação e entre o documental é meu maior interesse.

Folha - O material coletado para o roteiro veio de seu acervo pessoal. Como foi vertido para o cinema?
Seidl - Essa espécie de arquivo já me acompanha há anos. Coloco numa pasta reportagens que me despertem interesse, anotações pessoais, fotos e lembranças.

Folha - Em "Dias de Cão" o corpo recebe um olhar brutal. Como descreveria essa política do corpo?
Seidl - Meus filmes não mostram beleza, mas corpos como eles são: pessoas idosas desnudas, assim como os jovens.

Folha - A dor é um tema frequente. Estaríamos diante de um "cinema da dor"?
Seidl - Para mim, o cinema vai além do prazer frugal e passageiro. Não se trata do limite ao que se pode submeter o espectador, mas do quanto de realidade é precisa ser para contar uma história. Mas meus filmes podem ser engraçados, sob determinado aspecto.

Folha - Como o sr. analisaria a atual política do governo austríaco em relação ao cinema?
Seidl - É paradoxal... O governo austríaco cortou o orçamento do cinema quase a zero, embora fale-se da Áustria como um país que incentiva a cultura. Mesmo assim, o cinema austríaco está sendo bem-sucedido como nunca foi nos últimos 30 anos.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Maldito Mesmo.

Maldito Coração ( The Heart Is Deceitful Above All Things, 2004) de Asia Argento. O editor de cinema da UOL, Marcelo Negroponte, resumiu divinamente o filme, baseado em obra do polêmico escritor (a) JT LeRoy: "romance autobiográfico sobre um garoto que vive com a mãe, prostituta juvenil, e se torna, ele mesmo, uma putinha mirim de beira de estrada". O certo é que além de dividir críticas, o filme é perturbador. A diretora é filha de Dario Argento, mestre do terror gótico italina. O crítico Duane Byrge da Reuters chamou o filme de "lixo e excreção cinematográfica", já Cássio Starling, da Folha, tece alguns elogios e não desmerece sua existência dizendo que "Ao mesmo tempo independente e na trilha do pai, cuja arte consiste na força de seus delírios visuais, Asia Argento resume numa única cena a crença que sustenta seu filme e o cinema. Jeremiah abandonado numa casa desenha amigos na parede do quarto. Assim ele aprende que, além de ser mãe da poesia, é a imaginação que nos mantém vivos." Confesso que na primeira meia-hora me senti perturbado e constrangido com a força que a diretora, que interpreta a "junkie mother", imprime nas torturas psicológicas impostas ao seu filho-brinquedinho, mas depois o filme perde um pouco o ritmo até entendermos que aquela situação não leva e nunca levaria a lugar nenhum. De lambuja o filme nos presenteia com algumas participações especiais: Peter Fonda, Ornela Mutti (ainda linda) e um incrível Marilyn Manson de cara limpa (quero dizer "sem maquiagem"). Veja o site do filme e leia uma entrevista com JT LeRoy, figura estranha que "alguns dos aspectos peculiares do seu comportamento, que inclui andar sob disfarces, a lenda de que não dá entrevistas face a face _ambos por suposta timidez_ e a dúvida sobre o seu nome verdadeiro, entre muitos outros. Isso, aliado ao seu círculo de amigos como Madonna ("ela se alterna entre legal e fria comigo"), Gus Van Sant (autor da foto da capa de "Sarah") e Shirley Manson, vocalista do Garbage que fez a música "Cherry Lips (Go Baby Go!)" em sua homenagem _Cherry Lips era também seu "nome de guerra"_, entre outras celebridades, lhe confere certo status cult nos EUA." Segue o trailer:

Olhos para que te quero...

Nesta quarta-feira, depois de camelar o dia inteiro no PC para fechar as adequações de matrícula dos alunos da FAAC - UNESP, decidi não ver futebol e atacar os filmes que estão empacados no meu HD externo que carinhosamente atende pela alcunha de Antenor. Foram duas sessões (depois posto a segunda) sendo que a primeira foi Film (1965) de Alan Schneider , também conhecido como Samuel Beckett's Film e escrito por Samuel Beckett e estrelado por Buster Keaton, gênio do cinema mudo. Filme muito curioso que em seus 20 minutos de duração experimenta, em glorioso P&B, uma retomada da cena muda, pois não possui nenhuma banda sonora... Isso mesmo ... NADA de som . A trama é muito simples: um homem que nunca mostra o rosto caminha na cidade e entra num quarto onde cobre tudo que "olha" para ele, ou seja, tenta não ser visto, nem por ele mesmo. Vejo nesta película uma conexão com "The Flat" (1968), misto live action e pixalation ( técnica que usa os movimentos do próprio corpo para construir a animação) de Jan Svankmajer onde praticamente toda a ação se passa num único cenário: o quarto. É a única experiência do famoso dramaturgo com o cinema. A ser degustado silenciosamente e com paciência. abaixo a primeira parte do filme e depois "The Flat":



terça-feira, 22 de julho de 2008

O Cavaleiro das Trevas Contra o Louco Lúcido...


Batman - O Cavaleiro das Trevas ( The Dark Knight,2008) de Christopher Nolan Apesar de todas as críticas positivas e leituras diferentes vou ser muito sincero e dizer que não me senti envolvido com o filme. Se de um lado o Coringa de Heath Ledger (morto recentemente) dá um certo frescor aos vilões, de outro, o Batman de Bale é meio "Chocho". Fico aqui pensando que quando elogiam o "ritmo vertiginoso" num filme que dura 152 minutos algo deve estar errado... Tá certo, o elenco segura (Michael Caine como Alfred é ótimo...), Morgan Freeman não precisa fazer muito pra se destacar... Os efeitos visuais são deslumbrantes... Na verdade o que ficou batendo em meu pensamento foi uma ligação muito forte do filme com os eventos pós 11 de setembro, ou seja, a cultura do medo presente na sociedade americana, e é desse medo de que se alimenta o Coringa do filme. De que outra forma "um louco" que literalmente queima dinheiro poderia ter poder? Hoje ao ler as matérias sobre o filme topei com esta entrevista do diretor, que de certa forma confirma minha suspeita: "Procurei não fazer conscientemente um paralelo com o mundo real; o filme é ficção e deve funcionar assim. Mas é possível notar nele uma prevalência do medo da anarquia e do caos, representados pelo Coringa, que acho que são medos atuais". Bem... Pra finalizar, meu filme preferido do Batman continua sendo "Batman Returns"(Tim Burton, 1992), onde Danny de Vito faz um Pinguim memorável. Veja o site do filme e uma entrevista com Gary Oldman, o Chefe Gordon no blog "Ilustrada no Cinema". Abaixo o trailer:



Em cina da hora: notícia que saiu hoje na Folha Ilustrada, (link para assinates): "Batman - O Cavaleiro das Trevas" quebrou o recorde de bilheteria de final de semana de abertura nos Estados Unidos, registrando US$ 158,3 milhões (cerca de R$ 251 milhões) nos seus primeiros três dias de exibição. De acordo com a revista norte-americana "Variety", a Warner havia projetado o valor de US$ 155,3 milhões (cerca de R$ 246 milhões) de bilheteria, mas os números oficiais atestaram um resultado de US$ 3 milhões (R$ 4,75 milhões) a mais no valor estimado.

domingo, 20 de julho de 2008

Domingo dos extremos

Depois de uma final de semana com visitas em casa e esquentando a barriga na churrasqueira no sábado e no fogão no domingo consegui ver dois filmes totalmente diferentes... Vamos lá:
O Incrível Hulk - (The Incredible Hulk, 2008) de Louis Leterrier. Tirando as participações especiais e rápidas de Stan Lee e Lou Ferrigno, o Hulk da TV, que participa de uma cena onde faz um policial que se vende por uma pizza, o filme é chatinho e não empolga... Nem os efeitos ajudam. Pra ter uma idéia, meu filho Juca não ficou na frente da TV até o final da sessão...E olha que ele é palmeirense "roxo" e gosta de tudo o que é verde...

"Minha Vida em Cor-de-rosa" ( Ma Vie en Rose, 1997) de Alain Berliner. Ludovic é um menino de sete anos que pensa que é menina, ou melhor, um "menino-menina" em sua ingênua definição, justificada por um erro divino que lhe roubou um X de seus cromossomos. Culpado pela desgraça de sua família num condomínio de classe média, passa seu tempo sonhando com bonecas num ambiente kitsch e surreal.Esta fábula lembra muito sutilmente e de longe, mas com humor, o universo de Todd Solondz. Uma pequena jóia rosa que encobre o verde do filme anterior.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fitas K-7

Tem muita gente nova por aí que, nesses tempos digitais, nem sabe o que é uma fitinha K-7... Confesso que me deu um certo saudosismo a matéria da Folha de hoje intitulada "Loucos por K-7" (embora, o título possa ter uma segunda leitura pornográfica por parte dos mais perversos). Nela estão estampadas algumas lembranças que me tocaram, como a fala de Jason Bitner, 34, criador do site Cassette from my Ex (cassete do(a) meu(minha) ex -www.cassettefrommyex.com) : "Eu passava horas em frente ao aparelho de som, com os dedos nos botões "record" e "play" e os joelhos doendo, na esperança de impressionar uma garota com meu conhecimento musical"... E num é que eu fazia a mesma coisa. Enfim, pra matar a saudade fui atrás do site www.mixwit.com , onde é possível montar, sem o mesmo charme e sacrifício de antanho, as saudosas fitas que ouvia numa cópia paraguaia dum Walkman. Em apenas três fáceis etapas sua fita sai quentinha do tape-deck, oops, digo web-deck... Abaixo uma pequena amostra:


Mixwit

quarta-feira, 16 de julho de 2008

A Magia da Edição

The Cutting Edge: The Magic of Movie Editing (Wendy Apple, 2007) - Documentário sobre a montagem no cinema, com participação de diretores como Steven Spielberg, George Lucas, Anthony Minguella, James Cameron, Paul Verhoeven e Quentin Tarantino, além de montadores como Walter Murch e Thelma Schoonmaker. Indispensável para quem estuda produção audiovisual e tem intresse em edição de imagens. Apresenta trechos e depoimentos sobre obras fundamentais da história do cinema. Abaixo uma amostra do filme com legendas em português.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"There´s no need to fear. Underdog is here"

Vira-lata (Underdog, 2007) de Frederik du Chau. Meu filho Juca está em férias e pode dormir mais tarde neste período. Ele foi à locadora e escolheu o citado filme pra ver e me chamou para acompanhá-lo na sessão. O filme escolhido é da Disney, o que já me tranquilizou. Ontem vimos um medonho: "Alvin e os esquilos" (Tim Hill, 2007) que não recomendo nem vou gastar teclado comentando e que apenas será lembrado como "sacrifício paterno". Voltemos ao Vira-lata: Apesar de ter visto à noite foi uma distraída "Sessão da tarde"! Sinopse, surrupiada da Wikipedia: "Um acidente no laboratório de alta tecnologia do dr. Simon Barsinistro (Peter Dinklage) faz com que um cachorro beagle desabrigado, chamado Engraxate, ganhe poderes extraordinários. Com isso ele passa a vestir um traje de super-herói e se auto-denomina o Vira-Lata, jurando defender os cidadãos de Capitol City." Enfim, esta mistura de Snoopy com Superman é divertida e foi criada nos anos 60 como série animada para TV e os DVDs com episódios originais podem ser encontrados aqui. Falando em DVD os extras da versão brasileira são muito legais e além das cenas deletadas e comentadas pelo diretor tem um "making of" simpático com o super-cão apresentando e com possibilidades de interação via controle remoto. Ainda como bônus estão o primeiro episódio da série de animação para a TV de 1964, um clipe com a trilha e o trailer que vai logo abaixo. Na seqüência a abertura do desenho que originou o filme. Em tempo: a frase-título deste post é o grito de guerra do super-herói canino.



domingo, 13 de julho de 2008

Argentina!

Este aí é o livro que ganhei de meu amigo Trivella que acaba de chegar de um encontro sobre "Esporte e Racismo" ocorrido em Mar del Plata. Como pode-se ver chama-se "De Cine Somos" de Héctor J. Freire. Assim que terminar de ler posto os comentários. Ainda na função de "má influência" o "mui amigo" Trivella presenteou "mi hijo" Juca com uma camisa do Boca Juniors. Abaixo a foto que comprova o delito e aqui a contundente imagem que elimina qualquer dúvida...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Rapidinhas...

Correria... então vou postar só pra constar... Depois, se necessário, volto e complemento as informações:

El Baño del Papa (2007) de César Charlone e Enrique Fernandéz. O ano é 1988... numa cidadezinha na fronteira entre o Uruguai e Brasil, a visita do Papa João Paulo II se transforma numa oportunidade de fazer uma "graninha". Os moradores, esperando a chegada de milhares de brasileiros para ver "Sua Santidade" resolvem investir tudo (ou nada) que têm para vender comida para a multidão faminta (você tem fome de quê?)... Somente Beto vê uma oportunidade mais interessante: se todo mundo vai comer, todo mundo vai precisar ir ao banheiro, então ele resolve construir um banheiro para alugar na festiva data... Co-produção da O2 brasileira. Muito legal. Vai aí o trailer:



Trinta dias de noite(2007) de David Slate. Filme de vampiros no Alaska que atacam numa época em que as noites duram os trinta dias do título... Técnicamente impecável... E só... O trailer a que interessar possa:




"Um Pecado em cada Alma" (The Violent Man) de Rudolph Mathé (1955) - Dizem que as duas manisfestações culturais genuinamente norte-americanas são o Jazz e o Faroeste... Aqui temos uma interessante mostra de como um gênero considerado masculino pode ter a narrativa construída e dominada pelas personagens femininas, ainda que muitos não percebam... Ao lado de "Johnny Guitar" (1954) de Nicholas Ray, pode ser considerado um "Female Western". Como gosto muito deste gênero, minha opinião é suspeita.

Até que Enfim...

Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution, 1957) de Billy Wilder. Demorou mas consegui, enfim, cobrir uma imensa lacuna em meu repertório cinematográfico... Billy Wilder é um de meus cineastas preferidos, ao lado do insuperável Hitchcock e juntinho de John Ford e Michael Curtiz ... Ainda tem Tarkovsky, Kieslowsky e Herzog na categoria "cabeça"... Filme de tribunal nota dez... Como sobre os créditos finais tem uma locução em off dizendo pra não contar detalhes da trama para não estragar a surpresa das futuras platéias serei fiel e não contarei nada sobre o mordomo (rsrsr...). Vamos ao que interessa: Sir Charles Laughton é uma velha raposa da advocacia criminal que, depois de um infarto, aceita defender Tyrone Power, casado com Marlene Dietrich e acusado de seduzir e matar uma senhora em busca da herança... Até aí normal pois o que importa para o cinema não é somente a estória, mas como ela é contada...No caso deste filme, magnificamente... Clássico absoluto, baseado em um conto de Agatha Christie. Falando em filmes de tribunal, indico ainda "Anatomia de um Crime" de Otto Preminger (1959) e "O Sol é para Todos" de Robert Mulligan (1962). Abaixo um trecho do filme e, na seqüência o trailer de "Anatomia de um Crime">



segunda-feira, 7 de julho de 2008

Web Divulga Filme

"Nome Próprio" é o filme de Murilo Salles que terá pré-estréia gratuita no dia 13 de julho para usuários do My Space onde o filme tem um perfil e onde também será divulgado o local e horário da sessão. Os felizardos ainda levarão de lambuja a presença do diretor e da atriz principal, Leandra Leal. E o uso da web não pára por aí... Além do My Space, existe o Blog do Filme, uma galeria no Flickr, perfil no Orkut, Facebook, Twitter, Youtube, Fotolog (onde é diviulgado um concurso de trailers produzidos pelo público) ... Ufa !!! O pessoal fez barba e cabelo e comm certeza o marketing mira o público jovem usuário da web. Segundo a Folha, "Nome Próprio" é uma livre adaptação cinematográfica dos livros "Máquina de Pinball" e "Vida de Gato", de Clarah Averbuck, e de seus textos publicados na internet, no site e no seu blog pessoal. O longa-metragem estréia dia 18 de julho nos cinemas." Como pode-se notar, a forma de divulgação tem muito a ver com o enredo da película. Abaixo o teaser oficial do filme tirado do My Space, onde tem muito mais coisas.

Teaser Oficial de "Nome Próprio"

sábado, 5 de julho de 2008

Herzog na Natureza Selvagem

O Homem Urso (Grizzly Man) de Werner Herzog - Durante treze anos, Timothy Treadwell passou os verões com os ursos pardos do Alaska, animais conhecidos como "Grizzly" do título original. Ex-alcoólatra e metido a ecologista Treadwell dizia amar e proteger os animais, com o quais mantinha uma relação patológica. O protagonista dizia entender a linguagem dos ursos, mas no embate entre "decifra-me ou devoro-te", venceu a segunda opção... Sim ele morreu devorado por um urso e levou junto a namorada. Nas últimas cinco vezes que visitou seus algozes, Treadwell filmou tão belamente seu envolvimento com os animais que chegamos a pensar que tudo é encenação... Mas não era... Enfim, Herzog traça impiedosamente a vida deste estranho personagem e narra em primeira pessoa sua visão cruel da natureza que, por vezes esquecemos se tratar de um documentário. No entorno de Treadwell estão comentários como o de um piloto que trabalhava com ele, que diz: “Ele tratava os ursos como se fossem pessoas fantasiadas de ursos. Acabou tendo o que mereceu”. De certa forma, o filme dialoga com "Na Natureza Selvagem" (Into The Wild) de Sean Penn, ao abordar pessoas que desistem do convívio humano e enfrentam a força da natureza. Prêmios Recebidos: Festival Sundance: Prêmio Alfred P. Sloan; Melhor filme de não-ficção pelo Círculo dos Críticos de Nova York; Prêmios Indicados: Independent Spirit Awards: Melhor Documentário. Do mesmo diretor indico outro documentário: "Lições da Escuridão" (1992) sobre os poços de petróleo incendiados na Guerra do Iraque.