Acabo de ver "71 Fragmentos de uma Cronologia do Acaso " (71 Fragmente einer Chronologie des Zufalls, 1994) de Michael Haneke e não tenho como não estabelecer contato imediato com " A Cidade está tranquila" (La Ville est Tranquille, 2001) de Robert Guédiguian ambos os filmes mostram o quebra-cabeça cultural, político e social da Europa comtemporânea, e constroem um cinema comtemplativo, onde os planos longos e lentos nos fazem pensar e remeter a um estilo Tarkovskiano de filmar (mas não tão poético quanto o cineasta russo). O filme de Haneke é o embrião de outro filme do diretor, "Código Desconhecido" (Code inconnu, 2000) que também vi recentemente. Podemos perceber nestas películas uma aproximação entre preocupações tanto na Áustria de Haneke quanto na França de Guédiguian onde a mídia povoa e expõem as pessoas fechadas num mundo tão solitário e corrosivo com situações que caminham para um pessimismo e violência brutais, tanto quanto àquela demonstrada em "Funny Games" (depois refilmado cena a cena pelo mesmo diretor em Hollywwod). Estes filmes alimentam um cinema difícil de digerir porque pensar cansa... Abaixo o trecho inical de " A cidade está tranquila" e depois uma cena de "71 fragmentos..."
domingo, 22 de fevereiro de 2009
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