Quarta à noite e antes do futebol rola um filme "Crime Delicado" (2005), de Beto Brant, um dos meus diretores brazucas preferidos atualmente e, podemos dizer, "dono de uma obra": "Os Matadores" (1997), "Ação entre Amigos" (1998), "O Invasor" (2002) , e "Cão Sem Dono" (2007) que ainda não vi. Baseado no romance de Sergio Sant'Anna, o filme mostra o trajeto de Antonio Martins (Marco Ricca), um crítico de teatro que tem sua vida mudada por Inês (Lilian Taublib), uma linda moça, com uma das pernas amputadas, que vive no ateliê e é modelo e amante de um pintor mexicano, José Torres Campana (Felipe Ehrenberg). A trama desenvolve-se até o tal crime do título, que não se sabe se aconteceu... O filme é belo e fica a sensação de que se acha este belo nas imperfeições que encontramos na vida... O crítico Antônio descobre que a beleza na ausência da "simetria bilateral"de Inês, ou seja, como diz o pintor numa das cenas: "Tá tudo lá... Só falta uma das pernas... É uma bela mulher..."
Leia aqui a crítica de José Geraldo Couto na Folha. Tem também uma entrevista com Beto Brant no mesmo jornal e o artigo de Ruy Gardnier na Revista Contracampo. Atualizando o post com uma crítica de Inácio Araújo na Folha. Abaixo um trecho do Making of:
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