Piaf, Um Hino ao Amor (La Môme, 2007) de Olivier Dahan. Pense numa vida desgraçada, em que os poucos momentos de alegria aconteceram em cima de um palco... Esta é a vida da cantora francesa Edith Piaf na visão do diretor. Assim como Todd Solondz, Dahan parece não ter piedade de sua biografada: da infância vivida num bordel, onde quase ficou cega até as calçadas de Paris, onde cantava por uns trocos trocados por álcool, o que se vê é sofrimento. Cinemão estilo clássico, embalado por um bela fotografia e produção, mas que peca talvez pela duração (quase duas horas e meia). A montagem, intercalando tempos alternados funciona, quebrando a linha do tempo e dando ritmo à obra. O filme me fez lembrar de "Perfume de Mulher" (Matin Brest, 1992) com Al Pacino e explico o motivo: as duas obras sobrevivem porque são carregadas nas costas e ladeira acima por seus atores principais. Assim como Pacino, Marion Cotillard atua magistralmente e nos faz crer que estamos diante da verdadeira Piaf e com uma vantagem: é convincente em todas as fases da vida da cantora. Nota dez para a atriz. Enquanto biografia, continuo preferindo Ray (Taylor Hackford, 2004) sobre o contor Ray Charles . Para comparar, abaixo estão, primeiro o trailer do filme e depois a verdadeira Piaf cantando "Non, Je Ne Regrette Rien".
terça-feira, 24 de junho de 2008
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