A discussão é boa e foi apimentada por matéria publicada hoje no Caderno Mais! da FOLHA, intitulada "Décima Arte ou Jogada?". O fato é que antes da discussão estética vem o business e há tempos os videogames vem dominando a indústria do entretenimento e criando hábitos culturais e habilidades cognitivas nas gerações recentes (vide post "Tudo que é bom faz mal"). Vejamos um trecho da matéria:
"Mas o videogame é uma forma de arte? "Arte não tem conceito. Se um grande artista fizer uma obra de arte com o videogame, vai ser. Do mesmo jeito como pode fazer com cocô."
De fato, desde o século de Duchamp a forma é livre. Mas estamos falando em gêneros artísticos aglomerados pela semelhança formal, como teatro, literatura e quadrinhos -mesmo que a "nona arte" ainda engatinhe em termos de reconhecimento na sociedade. O preconceito contra os quadrinhos (ou contra o cinema, em sua origem) é frequentemente tomado como exemplo para o jogo eletrônico."Uma das justificativas para o game como arte é o jogo "Flowers" (para Playstation) onde o objetivo é conduzir no vento um punhado de pétalas que passeiam por paisagens idílicas e bucólicas ao som de músicas mais suaves. Aqui tem um texto (em inglês) do famoso crítico de cinema Roger Ebert argumentando que os games nunca serão considerados arte e, abaixo, o trailer oficial do games citado. Em tempo: A imagem que inicia este post é do livro "A Arte dos Videogames" uma coletânea de luxo com ilustrações, esboços, artes conceituais e imagens criadas em softwares 3D de mais de 45 jogos de diferentes plataformas, segundo informações do Blog TI Info (Só para provocar!!!).
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