

Anotações, Comentários e Pitacos de Marcos "Tuca" Américo - Professor do Curso de Rádio e TV da UNESP - Bauru



"ONDE A TERRA ACABA, dirigida pelo cineasta Sérgio Machado, é fruto de uma pesquisa de mais de dois anos sobre a vida e a obra do cineasta brasileiro Mário Peixoto (1908-1992). O título do documentário é uma homenagem a um filme que Mário realizaria logo após as filmagens de LIMITE, mas que nunca chegou a ser concluído por causa de divergências com a atriz e produtora Carmen Santos. O roteiro foi estruturado a partir de uma montagem de trechos de diários, entrevistas e cartas do próprio Mário Peixoto, dando ao documentário um estilo autobiográfico. Boa parte da história é contada pelo próprio Mário Peixoto. Os trechos referentes à sua juventude são narrados pelo ator Matheus Nachtergaele. Durante a filmagem e a montagem buscou-se um diálogo com o estilo e o ritmo de LIMITE. Além de centenas de fotos, entrevistas de Mário Peixoto e trechos de LIMITE, o documentário conta com preciosidades como um making-of realizado pela própria equipe de LIMITE e fragmentos inéditos do filme inacabado ONDE A TERRA ACABA. O documentário traz ainda depoimentos de cineastas e amigos que conviveram com Mário Peixoto e intercala com momentos emocionantes como a visita da atriz Olga Breno aos sets de Limite."
Enfim terminou a temporada de TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso) da moçada do curso de Rádio e Tv da UNESP/Bauru... Foram cinco orientações e cinco bancas... Na medida do possível e conforme for organizando o material vou postando na área. Vou começar por "Reflexo" um drama juvenil dirigido por Giuliano Gerbasi, fotografado por Pedro Pipano e produzido por Angelina Trevisan, pessoas de quem tenho orgulho de ter sido professor, membro da banca de avaliação e, principalmente, amigo. Parabéns moçada!!!
O Pesadelo de Darwin (Darwin´s Nightmare, 2004) de Hubert Sauper. Documentário nominado ao Oscar que mostra a tragédia ecológica e humana nas margens do Lago Vitória, na Tanzânia. Durante os anos cinqüenta, um peixe chamado Perca do Nilo (Lates niloticus), um voraz predador, foi introduzido no lago, numa tentativa de melhorar os rendimentos da pesca, mas acabou devastando o ecossistema local, dizimando mais de 200 espécies nativas (Wikipédia). O filme aborda a produção desta espécie que é exportada em grandes aviões russos,que antes de pegar a carga, abastecem a conflituosa região com armas, e a probreza das pessoas da região que padecem da pobreza, da fome e da AIDS. Revelador e chocante. Ótimo material educativo para discutir ecologia, geoplítica, desenvolvimento sustentável entre outros assuntos. Aqui o site original do filme, com farto material.
Cão Sem Dono de Beto Brant e Renato Ciasca (2007). Ciro é um adultescente. Vive só num apartamento e sempre recorre à grana do pai para pagar as contas que seu salário de tradutor de textos russos não dá conta de pagar. Entram na sua vida um cão vira-latas chamado "Churras" ("Eu não sou dono dele, apenas amigo") e Marcela, uma modelo que quer ganhar o mundo. Perdido entre decisões e responsabilidades que não quer tomar para si, se vê mais perdido que "cão em dia de mudança". O quinto filme de Brant radicaliza aquilo que começou em "Crime Delicado", um filme sobre a vida e a arte (inclusive de viver). Cheio de diálogos desconexos e silêncios e pausas provocantes, a obra mostra o amadurecimento do autor como artista. Gostei muito. veja aqui uma reportagem sobre uma conferência de Brant na UFRGS e na sequência um pequeno e belo texto de Jairo Lavia sobre o filme na Revista Paradoxo.
Andrei Tarkovsky (1932 -1986) é um de meus cineastas favoritos. Seus filmes retratam um ritmo e um tempo cinematográficos um tanto esquecidos hoje em dia: aqueles que trabalham a favor da poesia, expressa aqui em toda plenitude imagética. Para explicar seus filmes, segundo Jota Matias em seu blog: Tarkovsky usava uma metáfora: “Você olha um relógio. Ele funciona, mostra as horas. Você tenta compreender como ele funciona e o desmonta. Ele não anda mais. E no entanto essa é a única maneira de compreender…” Aqui no Brasil, a editora Martins Fontes lançou o livro de reflexões sobre o cinema intitulado "Esculpir o Tempo", onde Tarkovsky acredita que num primeiro momento, quando de seu nascimento a sétima arte era uma forma de se "aprisionar" o tempo , assim, a imagem do trem chegando à Estação de La Ciotat, capturada pelos Irmãos Lumiére, poderia ser reproduzida inúmeras vezes, "prendendo" aquele fragmento de tempo num pedaço de celulóide. O passo seguinte, para o cinema, seria "esculpir" o tempo, ou seja, através da técnica cinematográfica o tempo pode ser manipulado, moldado ao prazer e gosto do diretor. Enfim, o objetivo deste post é apresentar o livro "Andrei Tarkovsky - Elements of Cinema" lançado este ano onde Robert Bird, Professor da Universidade de Chicago, decifra o trabalho do cineasta dividindo o livro nos elementos "Terra, Fogo, Água e Ar". Estou no início da leitura e depois posto os comentários. Leia aqui uma crítica do livro num jornal de Portugal e o presente final: O link para baixar o livro em PDF no 4 Shared. Aqui o link para a comunidade que criei no ORKUT sobre Tarkovsky. Abaixo o índice do livro:


.. . ou a falta dele... Não estou conseguindo postar mais como antigamente. E olha que não falta assunto. É que as leituras e o início da redação da tese de doutorado estão comendo toda memória RAM de meu pobre e desgastado cérebro. Mas no intermezzo desta correria toda ainda dá pra achar coisas legais como o OVERMUNDO, definido como "um site colaborativo. Um coletivo virtual. Seu objetivo é servir de canal de expressão para a produção cultural do Brasil e de comunidades de brasileiros espalhadas pelo mundo afora tornar-se visível em toda sua diversidade." Passem por lá e aproveitem para procurar a produção cultural das pessoas de sua cidade no banco de cultura. Andei por lá e descobri em Bauru a poetisa Sônia Brandão da qual publico abaixo um poema:
"Invasores" (The Invasion) de Oliver Hirschbiegel, 2007 - Nicole Kidman é uma psiquiatra em Washington que descobre uma epidemia de origem alienigena onde seu filho pode ser o único caminho para deter a invasão.Terceira versão do clássico do terror-ficção de Don Siegel de 1956, "Vampiros de Almas", onde as pessoas de uma cidade são trocadas por "clones" alienígenas sem almas. Muitos críticos da época viram no filme uma analogia ao comunismo, uma vez que foi produzido em plena "Guerra-fria". Sobre isso, o autor da estória, Jack Finney, afirmou; "Tenho lido explicações do 'significado' dessa história que me divertem pelo fato de que não há significados; foi simplesmente uma história feita para entreter, e com nenhum significado além desse. A primeira versão em filme do livro foi feita com grande fidelidade, exceto pelo final medíocre; e sempre me divertia com as argumentações das pessoas envolvidas com o filme de que eles tinham alguma espécie de mensagem em mente. Se era assim é muito mais do que eu jamais fiz, e, dada a proximidade com que eles seguiram minha historia, é difícil ver como essa mensagem surgiu. E quando a mensagem foi definida, sempre me pareceu um pouco pobre de espírito. A idéia de escrever um livro inteiro a fim de dizer que não é uma boa coisa que todos nós sejamos iguais, e que a individualidade é uma boa, me faz rir". Existe mais uma versão do filme de 1978, dirigida por Philip Kaufman. Aqui o site oficial do filme e abaixo os trailers em ordem cronológica:
"Chega de Saudade" de Laís Bodansky (2007) - A diretora de "Bicho de Sete Cabeças" ataca agora com uma deliciosa tragicomédia musical que se passa totalmente num salão de dança de São Paulo onde uma grupo de personagens, notadamente da terceira idade, desfilam suas alegrias, tristezas e idiossincrasias. Biscoito fino para ser degustado junto com a maravilhosa trilha sonora. No Festival de Brasília de 2008 recebeu os Candangos de Melhor Direção e Melhor Roteiro e também do Júri Popular, sendo ovacionado de pé ao fim da exibição por todos no Cine Brasília. O elenco é muito bom e conta com Tônia Carrero, Leonardo Villar (ótimo), Betty faria, Stepan Nercessian, entre outros. De quebra, a crooner da orquestra que abrilhanta o baile é nada mais que Elza Soares. Aqui o site do filme. Abaixo o trailer:
Géminis (2005) de Albertina Carri. Filme argentino que aborda de forma ousada a relação incestuosa de um casal de irmãos. Selecionada para Cannes 2005, é uma película um tanto dura de tragar mas que não constrange, o que era de se esperar em tal assunto. Confesso que achei o elenco um pouco inseguro, mas o fato é que isso pode até ajudar no resultado final. A fotografia com a câmera passeando e espreitando os corredores e portas da casa é um dos pontos fortes. Cerri confirma-se como uma das esperanças do cinema argentino ao lado de Lucrécia Martel, cujo filme "O Pântano" já foi comentado aqui. Por vezes morno, consegue segurar a atenção, mas não vai muito longe em suas pretensões. Abaixo o trailer:
Mais Estranho que a Ficção, de Marc Forster, 2006 - Harold Crick (Will Ferrel) é um fiscal do Imposto de Renda e sua vida é uma chatice... Cara careta e metódico vive "afogado em números" e mal pensa em sexo, drogas e r'n'roll... Personagem de si mesmo, descobre-se personagem de Karen Eiffel (Emma Thompson) uma escritora em crise que não consegue finalizar seu romance que não se define entre drama ou comédia. O fato é que Crick começa a ouvir a voz da narradora de sua vida babaca e, enfim, estabelece-se a confusão entre ficção e realidade. Para ajudar ou piorar as coisas Crick recorre a um professor de literatura, Jules Hilbert (Dustin Hofmann) que parece ser, na verdade, o condutor da confusa relação estabelecida entre criador e criatura. Filme original e com roteiro criativo, apoiado nas ótimas interpretações de todo o elenco... A trilha é muito bacana... Eu recomendo... Abaixo o trailer e logo depois a sequência de créditos finais, que é bem legal:
Aí em cima estão três remanescentes da gloriosa Terceira Turma do curso de Rádio e TV da FAAC, UNESP/Bauru: Este que vos bloga, Dani Lima e Trivella. Dani deu o ar da graça depois de mais de dez anos de ausência... Hoje ela coordena a equipe de revisores de textos da Revista Trip. O papo tava bom, a cerveja gelada e tivemos um final de semana muito legal e saudosista ao extremo. Para completar o post, vai abaixo uma foto da época de facul: a moçada reunida na República Malditos, de meus amigos Rick (Pedro Guerra) e João Pedro Feza. Ah !!! A foto é cortesia do blog deTrivella.

Estou participando, hoje e amanhã, do "Workshop Estação Ciência de Bauru: Interação, Conhecimento e Inclusão Social" organizado pelo meu amigo Luís Victorelli e promovido pelo Departamento de Popularização e Difusão de C&T da Secretaria de C&T para a Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, Comissão de Difusão de C&T-Bauru, Secretaria Municipal da Educação da Prefeitura Municipal de Bauru e Instituto Lauro de Souza Lima. A programação destaca cases de implantação de Museus e Centros de Ciência. Acima uma foto da cerimônia de abertura e abaixo outra da igreja localizada no Hospital Lauro de Souza Lima, o antigo Sanatório Aimorés, uma ex-colônia de portadores de hanseníase (leprosos) que se tornou referência mundial no tratamento da doença e hoje parece um vilarejo onde o tempo foi congelado... Local muito agradável e calmo... Dá uma bela locação para filme. Depois da foto, a programação do evento.

PROGRAMAÇÃO
Dia 26 de setembro – Sexta-feira
8 horas - Abertura
Espetáculo teatral "Homo-Darwin". Com Bruno Wan-Dick e Vanessa Tencati. Realização: Os Colaços/Cia Camarim.
08h30 - Escola Parque de Difusão Científica e Tecnológica de Bauru: Uma construção coletiva. - - José Luiz Alckmin de Barros. Analista da Área de Museus do Departamento de Popularização e Difusão de C&T da Secretaria de C&T para a Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia
- Ana Maria Lombardi Daibem. Secretária Municipal da Educação de Bauru.
- Luís Victorelli. Presidente da Comissão de C&T-Bauru e coordenador regional da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
10h00 - Popularização científica como instrumento de inclusão social
- Mikiya Muramatsu. Vice-diretor da Estação Ciência da Universidade de São Paulo e professor do Departamento de Física Geral do Instituto de Física da USP.
- Luís Roberto Batista. Diretor da OSCIP Amigos da Ciência. Especialista em projetos interativos em centros e museus de C&T.
14 horas - A difusão científica e as realidades regionais
- Márcia Michielin de Oliveira. Coordenadora pedagógica do Sabina - Escola Parque do Conhecimento de Santo André.
- Maria Cecília Pucci Faria Rodenas. Coordenadora do projeto de implementação do Museu Interativo de Ciência e Tecnologia de Franca.
16 horas - Centros de ciência e a política nacional de popularização do conhecimento
- Emilio Antonio Jeckel Neto. Diretor do Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul de Porto Alegre. Professor da Faculdade de Biociências da PUCRS.
Dia 27 de setembro – Sábado
8h às 12 horas - Reunião de trabalho com os membros da Comissão de C&T-Bauru.

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Domingo
dominado
Ainoã Scatolin
População reunida, todos em seus assentos, o show vai começar. Bem ao centro, inicia-se o espetáculo. O público vibra com as alegrias interpretadas. A platéia chora dividindo a dor assistida. O espectador, dono de quase nada, identifica-se com o que acontece longe, mas ao alcance de seus olhos. Na antiguidade, chamaríamos de circo. Hoje, denominamos de domingo na TV.
O espetáculo se deslocou da arena e pousou no centro de nossas salas. É ali na tela que grande parte dos brasileiros vivencia todas as situações que a economia e política do país não deixam que experimentem de outra forma. O professor e mestre Marcos Américo, o Tuca, coordenador dos Cursos de Comunicação Social da FAAC-UNESP, graduado em Rádio e TV e doutorando em TV Digital pela UNESP, sugere que o baixo padrão das programações dominicais é fruto da soma entre motivações mercadológicas das emissoras e passividade do telespectador, que gosta do que se apresenta e responde com audiência.
Canal da Imprensa - Como você analisa a grade de Domingo na TV aberta?
Tuca - Com viés totalmente popular e que, na maioria das emissoras, apenas leva em consideração as questões de audiência e faturamento, apostando, infelizmente, na passividade do telespectador.
CI - Você acha que ela valoriza a cultura do brasileiro?
Tuca - Pouco ou nada se levarmos em consideração aspectos culturais regionais e muito se levarmos em consideração o futebol como forte elemento da cultura brasileira.
CI - O que há de bom na programação de domingo?Tuca - Durante o período da manhã existem alguns programas com objetivos nobres como o de divulgar a Ciência, inclusive a Ecologia e até o Globo Rural, com algumas reportagens muito boas.
CI - O que poderia e deveria ser excluído da grade imediatamente?
Tuca - Os programas humorísticos da Record que são sofríveis e alimentam o preconceito. Também a autopromoção da Globo com o Faustão. A grade do SBT não apresenta nada de muito interessante.
CI - Quais alterações nesse quadro são necessárias?
Tuca - Não sou contra o entretenimento e creio que todos têm o direito de ter o seu momento "Homer Simpson", no qual se deita em frente à TV com uma lata de cerveja e não quer se pensar em nada... Mas a programação dominical parece ter sido feita pensando que todos são "Homer Simpson". Um cuidado maior com os conteúdos, que podem ser ao mesmo tempo divertidos e informativos seria um bom começo. Um Fantástico sem tanta espetacularização creio que funcionaria.
CI - Mas quais são possíveis?
Tuca - Tudo é possível desde que haja vontade, profissionais preparados e compromissados com uma visão ética de sua atuação.
CI - Qual a sua opinião sobre reprodução de esporte, em suma futebol, o domingo todo na TV?
Tuca - O esporte, notadamente o futebol, é parte de nossa cultura. O que incomoda é como as TVs alimentam rivalidades e criam e destroem mitos em minutos.
CI - E sobre o formato dos programas de auditório?
Tuca - A maioria é lamentável. A política do agendamento do que deve ser discutido e a autopromoção das redes imperam.
CI - E sobre os enlatados americanos?
Tuca - Creio que a presença dos enlatados diminuiu muito nos últimos anos. Tenho a impressão que é um fenômeno em franca decadência.
CI - Houve um tempo em que os domingos na TV eram diferentes?
Tuca - Não creio que tenha mudado muito. Quando era criança via Silvio Santos e Renato Aragão. Eles continuam aí e os que chegaram depois não fazem algo muito diferente.
CI - Quais os potenciais motivos que fizeram com que a programação dominical estacionasse no patamar atual?
Tuca - Acredito que as motivações mercadológicas incentivadas pelo medo de testar novos gêneros e formatos tenham colaborado muito para isso. A passividade do espectador também. Se não houvesse audiência as emissoras seriam obrigadas a mudar.
CI - Qual parcela da sociedade é telespectador em potencial para atual programação dominical dos canais abertos?
Tuca - Não tenho os dados de audiência no momento, mas creio que ela é representativa em todos os segmentos. É lógico que aqueles com poucas opções de entretenimento dependem mais da TV.
CI - Qual faixa etária se torna alvo mais fácil da espetacularização?
Tuca - Todas as faixas são prejudicadas pela espetacularização, mas as crianças sempre sofrem mais.
CI - Das TVs abertas, qual é a melhor para se assistir no domingo à tarde? Por quê?
Tuca - Com todos os problemas atuais, a TV Cultura ainda possui uma programação diferenciada. Talvez em parte por conta de seu interessante acervo.
CI - Se todos os canais oferecem o mesmo padrão, porque ninguém ousa algo diferente, que agrade a fatia que não assiste TV aberta de domingo?
Tuca - Porque este público, acredito, está na Internet ou nas TV pagas e até desenvolvendo outras atividades de entretenimento neste período. Quem disse que domingo é dia de ficar em frente à TV?
CI - O brasileiro gosta mesmo desse tipo de programa ou assiste por não ter outra opção?
Tuca - Creio que as duas coisas, infelizmente.
CI - Há elitização de programas de qualidade, visto que poucos têm acesso a TV fechada?
Tuca - A TV fechada tem crescido muito, mas TV fechada não é sinônimo de qualidade. Para completar a grade muita coisa ruim é programada.
CI - A TV fechada oferece um padrão superior de programação dominical em relação a TV aberta?
Tuca - Com a segmentação da programação, no geral, a qualidade da programação é melhor devido ao leque de opções, mas como disse antes, existe muita coisa ruim na TV fechada.
CI - Alguns protagonistas dos domingos na TV aberta, como o Faustão, faziam programas interessantes no passado. O que acontece com esses protagonistas quando chegam ao auge da audiência?
Tuca - O formato se esgota, a audiência muda e as pressões mercadológicas aumentam.
CI - Se existissem programas de conteúdo superior ao praticado aos domingos ou em horário nobre durante a semana, o telespectador escolheria esses programas alternativos?
Tuca - Pergunta difícil de responder. Em certa medida, a TV também dá aquilo que o público pede...
CI - No jornal impresso, pode-se dizer que há espetacularizão na edição de domingo?
Tuca - Creio que em algumas empresas jornalísticas essa é uma estratégia para aumentar as vendas.
CI - O que é necessário para que o brasileiro aprenda a fazer uma crítica consciente do que assiste?
Tuca - Educação. Simplesmente ela pode resolver este problema.
CI - No grau de espetacularizção da mídia em que chegamos, há como retroceder?
Tuca - Sempre há esperança.
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Para os consumidores mais afoitos, aqui vai uma dica de presente para quem curte um "Domingão do Homer": um maravilhoso porta-controle, disponível no blog "The Big Life", intitulado " Seven itens made better by Homer Simpson":

Saiu o novo CD do Queen que chama-se "The Cosmos Rocks". Ouvi e gostei. Para um senhor como eu, Queen é uma puta referência. É Claro que a banda sem Fred Mercury é diferente... Mas não perdeu a pegada e perto de muita coisa que rola por aí não faz feio, muito pelo contrário: é muito legal ver esses "senhores" na estrada (nada que chegue perto dos Rolling Stones... ) Vale uma audição. A nova formação é composta apenas por Rodgers ( Vocalista do Free e do Bad Company), Brian May (guitarra e vocais) e Roger Taylor (bateria). O baixista John Deacon decidiu não participar de novos projetos do grupo, que agora assina como Queen + Paul Rodgers. Abaixo uma apresentação da banda na TV inglesa com a música "C-lebrity" e depois uma entrevista deles sobre o álbum. Em tempo: o Queen não é minha banda preferida... Sou mais "Iron Maiden" e "The Police", embora sejam muito diferentes entre si...
É com muito orgulho que notifico a premiação de meus queridos alunos do curso de Rádio e TV No INTERCOM 2008 em Natal -RN . Transcrevo abaixo a matéria publicada no Jornal da Cidade de Bauru com todas as informações. No vídeo a matéria veiculada na TV TEM Bauru sobre o assunto. PARABÉNS MOÇADA !!! É o oitavo anos consecutivo em que nosso curso é premiado. | Alunos da Unesp são premiados em Natal |
| A Faculdade de Arquitetura, Comunicação e Artes da Unesp se destaca em Natal. Alunos do curso de Rádio de TV ganharam o 1º lugar na etapa nacional do XV Expocom/Intercom 2008, realizado em Natal (RN) entre os dias 1 e 6 de setembro. “O Olhar do Amor” é o nome do curta-metragem premiado. A produção foi realizada pelos alunos Bernardo Márquez, Palloma Carvalho, Vittor Bolleti, Matheus Itami, Thiago Nassife, Lucas Morão, Marcelo Marchi, Alexandre Branco Borges, João Paulo Ogawa e Murilo Alves dos Santos; todos cursam o terceiro ano em Rádio e TV. O projeto foi um trabalho interdisciplinar realizado no segundo semestre de 2007, sob orientação dos professores João Winck, Matheus Nogueira e Tuca. Eles participaram na modalidade “Produto Dramático”, inserida na categoria Audiovisual. A Expocom é um dos prêmios do Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em comunicação -, instituição que realiza congressos anuais, simpósios regionais de pesquisa, seminários, e conferências referentes à Comunicação. A exposição reúne a produção da pesquisa experimental, realizada em todas as escolas de comunicação por estudantes de graduação, supervisionados por professores, nas habilitações Cinema e Vídeo, Editoração, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Rádio e TV e Relações Públicas e é de máxima relevância para os alunos, professores e pesquisadores das referidas áreas. Para assistir ao curta, basta acessar o site do Intercom - www.intercom.org.br - no link dos trabalhos da Expocom. |
"Homem de Ferro"(John Fravreau, 2008). Estréia cinematográfica de um dos mais antigos personagens de Stan Lee, criado em 1963, é também o primeiro filme inteiramente financiado pela Marvel, uma das maiores editoras de HQ do mundo, agora atuando como estúdio e custou US$ 186 milhões. Robert Downey Jr. interpreta um industrial bilionário, o playboy Tony Stark, que entra em crise ao mesmo tempo que inventa uma armadura que o transforma em super herói. Apesar do sucesso de público, não me empolguei nem um pouco com o filme... Até ao se arrepender de fabricar armas, segundo o filme, os americanos é que detém o poder de salvar o mundo e nos guiar em direção ao caminho da liberdade... Dai-me paciência... Alguns comentadores dizem ser um filme político... Perdoai, Senhor, eles não sabem o que fazem... Melhor ver "Z" de Costa-Gravas... Ou se não ligar pra essas coisas melhor ir dormir. Explicando o título do post: prefiro o "Homem de Lata" de "O Mágico de Oz"(1939).Abaixo o trailer oficial:
Quinta-feira com um calor do cão... Chamei meu moleque Juca para para uma aula de cinema de aventura e vimos juntos Tarzan and His Mate (1934) dirigido por Cedric Gibbons. O diretor do filme foi um célebre diretor de arte de Hollywood, inclusive de um musical pouco visto pelo pessoal mais novo e que é muito bom: "Sete Noivas Para Sete Irmãos" de 1954 e dirigido pelo Stanley Donen (o mesmo diretor do classicaço "Dançando na Chuva" de 1952). A trama envolve homens brancos que querem saquear o marfim de um cemitério de elefantes. Destaque para os efeitos especiais muito bons para a época e para o incrível figurino de Jane (Maureen O'Sullivan) e a cena em que nada nua com Tarzan. Juca gostou e agora preciso descolar o primeiro filme: "Tarzan the Ape Man" de 1932 e dirido por W.S. Van Dyke (que já vi quando moleque). Não posso deixar de lembrar que ambos os filmes tem como Tarzan o nadador olímpico Johnny Weissmuller, que nasceu onde hoje localiza-se a Romênia. Como de praxe, vai o trailer:
Final de semana agitado... Esta foto, replicada do Blog do Brunão, foi o almoço festivo do sabadão onde recebemos o jovial toureiro e acadêmico espanhol Juan Carlos Gil, que está em visita à Terra Brasilis para ministrar curso no Programa de Pós-graduação da FAAC - UNESP. Juan leciona História da Comunicação na Universidade de Sevilha e aprendeu a falar português trabalhando como toureiro em Portugal. No cardápio tivemos como entrada beringela assada com azeite de oliva e uma porção de camarão frito... Como prato principal lentilha com costelinha de porco e arroz branco. Depois foi só cair na siesta. Na foto estão, a partir da esquerda: Fernandão, Satoro, Dino, Juán, Eu e Brunão. Abaixo, Juan fala sobre a vida de toureiro no YouTube:
"Os Inocentes" (The Innocents) de Jack Clayton, 1961. Baseado no conto "A Volta do Parafuso" de Henry James, o filme nos arrebata com um clima de terror sugerido pelo livro e explicitado na película. A governanta Miss Giddens ( a ótima Deborah Kerr) é destacada pelo tio bon vivant e descompromissado para cuidar do casal de sobrinhos órfãos, Flora e Miles, que moram num bucólico casarão à beira de um lago. O que a governanta descobre ao longo da trama é que as crianças, de forma imprecisa, foram corrompidas pelo devasso casal, formado pela governanta anterior, Jessel, e um serviçal da mansão, Peter Quint, que mortos em estranhas circunstâncias, voltam, agora em forma de espectros para atazanar a vida da moçoila. Terror gótico e clássico em maravilhoso P&B. O livro rendeu ainda outro filme, "Os Que Chegam Com a Noite" (The Nightcomers, 1972) dirigido por Michael Winner e com Marlon Brando no papel do corruptor Quint. Um de meus filmes de terror favoritos, ao lado de "O Iluminado" (Kubrick, 1980), "Poltergeist" (Tobe Hooper, 1982), "A Noite dos Mortos-Vivos" (Romero, 1968), "Frankenstein (Whale, 1931) e "Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver" (Mojica, 1967). Abaixo o trailer:
Aqui vai uma bela dica para quem busca informações sobre o Cinema Braileiro: o site da Cinemateca Brasileira, que possui uma incrível base de dados para quem deseja pesquisar e conhecer melhor as películas pindoramenhas. Segundo informações do próprio site: , "A Cinemateca Brasileira é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira. Desenvolve atividades em torno da difusão e da restauração de seu acervo, um dos maiores da América Latina. São cerca de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais. Possui também um amplo acervo de documentos formado por livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes." Abaixo reproduzo a ficha lá disponível de um filme pouco conhecido e que considero uma obra-prima de um diretor brasileiro pouco conhecido por aqui e muito respeitado na Europa: Alberto Cavalcanti, que ao lado de Glauber, tenho como um dos maiores téoricos do cinema que este país produziu e que escreveu uma obra de referência: "Filme e Realidade". O filme chama-se "Simão, o Caolho". O cartaz que ilustra o post também foi encontrado na pesquisa no site da Cinemateca.